Com muito brilhantismo, a IV
edição do festival de Literatura da Escola Dinâmica - FLIT surpreendeu o
público que lotou o Teatro Municipal de Santa Cruz do Capibaribe na última
sexta-feira (25).
O grandioso espetáculo cultural
que abordou o tema: “Literatura e Música-Instrumentos de denúncias sociais”,
teve a abertura oficial realizada pelo diretor Joselito Pedro, que recepcionou
a todos, externando a alegria de viver aquele momento e ressaltando que iria
iniciar o maior espetáculo cultural dos últimos tempos. Os protagonistas da apresentação
inicial foram os professores e funcionários da instituição escolar, que ao som
da música “Depende de nós”, despertaram os presentes para a responsabilidade de
ações combativas frente aos conflitos sociais que seriam denunciados através da
linguagem musical e literária durante todo o festival.
Ainda nesse momento inicial, a
professora responsável pelo projeto, Maria Lisboa, agradeceu o apoio do gestor,
da coordenação pedagógica e de todos os funcionários. Ela destacou a
importância da abordagem do tema, afirmando: “O preconceito gera
discriminação, gera violência... Ser diferente não significa ser inferior! A
mudança na realidade a qual estamos inseridos, depende de nós, de todos nós!”.
Dando prosseguimento, os alunos
das turmas do 5º ano A e B, com muita sensibilidade e desenvoltura realizaram
uma apresentação através da música “Um certo Galileu”, mostrando que Jesus,
mesmo sendo bondoso para com todos, foi morto e crucificado.
Após essa reflexão inicial, foi
iniciada a participação dos pequeninos do Ensino Infantil e Fundamental I, que
com muita criatividade prestaram homenagens aos índios, resgatando suas lutas e
ressaltando a importância da sociedade indígena para a história do país. A
seguir, chegou o momento de ouvir os alunos cerimonialistas, Eduarda Gomes e
Walter Aragão, recitarem o poema “Grito Negro”.
Como já é tradição nos festivais
de literatura realizados pela Escola Dinâmica, a instituição escolheu artistas
locais para homenagear, destacando o trabalho da professora
norte-taquaritinguense Lia Lucena, que lançou recentemente o livro infantil
"Buduléu". Outra homenageada foi a poetisa Ágda Moura, que encantou o
público com belíssimas poesias sobre Santa Cruz do Capibaribe.
Através da riqueza expressa nos
versos de José Caverinho, os alunos da Educação Infantil e Fundamental I
prosseguiram as suas apresentações, colocando em cena reflexões sobre o negro e
a escravidão.
Dando continuidade, a partir da
indagação: “O que é realmente ser belo?”, os alunos do Jardim I A e Jardim II
C, foram anunciados e por meio da representação do conto de fada: “O patinho
feio”, chamaram a atenção para o narcisismo, que se configura como uma intensa
preocupação das pessoas com o padrão de beleza.
A seguir, buscando conscientizar
que toda criança tem sonhos, desejos e necessidades de amor e compreensão, e
que antes de tudo, a criança é criança, os alunos do 4º ano A, subiram ao palco
com o romance da literatura infanto-juvenil: “Amarelinho”, externando que antes
do julgamento, é necessário trilhar-se em direção à compreensão. O
Machismo e o desemprego também foram abordados no FLIT 2016, com sutileza os
alunos do 5º ano C, 3º e 4º ano B, apresentaram a música “Guerreiro Menino”, do
saudoso Gonzaguinha.
Em seguida, o público em coro
ecoou o canto: “Eu só quero é ser feliz/ Viver tranquilamente na favela onde
nasci...”, já anunciando a próxima apresentação, que contou com a participação
dos alunos do 2º ano do Ensino Médio e da professora Valéria Cristina, que
encantaram a todos com uma empolgante coreografia. A guerra e o nazismo também foram
ricamente retratados pelos alunos do Ensino Médio, através da representação do
poema Rosa de Hiroshima e do romance: “O menino de pijama listrado”.
Encerrando o festival, os alunos
do 3º ano do Ensino Médio surgiram em meio à plateia, declamando “Saga da
Amazônia”. Dessa forma, a magia da arte emergiu em meio a todos mais uma vez, e
o público tornou-se protagonista, envolvendo-se com aquele tipo de emoção que
só a arte proporciona, exalando em todos os cantos a magia da música, da
literatura, e do encanto da vida!
O desfile de belíssimas
apresentações envolvendo turmas do Ensino Infantil ao Médio evidenciou o
excelente trabalho pedagógico que vem sendo desenvolvido pela escola. O Teatro
Municipal ficou pequeno para a grandiosidade do evento, que mais uma vez foi
aclamado pelos pais e todo o público. Essa edição do FLIT reafirma que a Escola
Dinâmica cumpre com maestria a missão de educar para a cidadania.
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