O moído da semana - Sem sombra de dúvidas a primeira notícia a chacoalhar a cena política local nesta semana foi a que o deputado estadual Abimael Santos será o responsável por indicar o nome que comandará a Ciretran de Santa Cruz do Capibaribe. Eleito em 2022 para o seu primeiro mandato na ALEPE, Abimael faz parte da cota de contemplados politicamente pelo entendimento entre a governadora Raquel Lyra e o PL, leia-se o ex-candidato ao governo, Anderson Ferreira.
Santa Cruz em baixa - Abimael ainda não anunciou quem será o seu escolhido, (provavelmente o jovem Adilson Viturino) no entanto, a essas alturas tanto faz o nome daquele que ocupará a chefia do órgão, o prejuízo para a classe política local já foi feito. Vale a pena lembrar que no segundo turno da eleição do ano passado, os três principais grupos políticos da cidade apoiaram a governadora, as exceções foram os ex-deputados Diogo Moraes e Zé Augusto Maia.
Uma tapa na cara - Agora, três meses após o começo de gestão da tucana, os tradicionais grupos políticos da cidade ficaram apenas ‘chupando dedo’ e vendo, de camarote, Abimael tomar-lhes o posto mais cobiçado da estrutura estadual na cidade.
Dura realidade - Em outrora, não muito distante, líderes políticos de Santa Cruz do Capibaribe dominaram indicações de cargos em todas as cidades do Polo. Cabia aos deputados ‘filhos da terra’ a distribuição dos desejados e disputados cargos. Hoje, sem um deputado estadual sequer na Assembleia, cabe a cidade o papel de coadjuvante na cena política estadual.
O que restou - Resta saber quais critérios a governadora utilizará na distribuição de outros importantes cargos, que ainda seguem indefinidos na cidade, tais como, direções de escolas e de órgãos como a Compesa.
A dúvida - Será que Raquel irá, enfim, retribuir o apoio político recebido em 2022 ou deixará, mais uma vez, os principais grupos da cidade apenas ‘na vontade’?
Mas já? - Há quem diga que já tem gente agoniada e arrependida de ter embarcado na ‘onda roxa’ em 2022.
Tá brabo - Se Abimael inicia 2023 com o pé direito e com prestígio, tanto no PL, quanto no Governo do Estado, o mesmo não posso afirmar sobre o empresário Robson Ferreira. ‘Offline’ desde o final do primeiro turno da eleição do ano passado, ele não esconde de ninguém suas mágoas em relação ao PL, ao seu presidente, Anderson Ferreira e ao deputado André Ferreira.
A bronca - Robson está ‘P’ da vida, porque, segundo ele, um legítimo Lulista é o principal assessor de André e tem ‘dado as cartas’ em seu gabinete. “A novidade é o gabinete de um Deputado Federal que se diz conservador, sendo assessorado/chefiado por um intenso e declarado eleitor militante do então presidente Lula. Comum não é mesmo? Como gostaríamos que essa ironia não fosse necessária”, disse Robson, em publicação no Blog do Márcio Felipe.
Sem rumo - Robson tem o futuro eleitoral totalmente indefinido. Apesar de ter feito um excelente papel na eleição de 2022, ele claramente ainda não se encontrou politicamente, sem saber como, para onde e nem mesmo com quem caminhar na eleição municipal de 2024.
Primeira vez - Outro fato relevante nesta semana foi a entrevista concedida pelo empresário Alan César ao Portal Santa Cruz Online. Nela, Alan falou sobre o presente e futuro do grupo Verde, se colocando, pela primeira vez, como pré-candidato a prefeito de Santa Cruz.
Ocupando espaços - Bem sucedido no mundo empresarial, Alan vinha relutando de ocupar tal espaço, no entanto, diante a ausência de uma liderança eleitoral que o grupo passa, ele se vê na obrigação de chamar para si a responsabilidade de organizar a casa, podendo até mesmo ser o nome do bloco que dispute a Prefeitura em 2024.
‘Venha a nós’ - Alan repetiu o discurso de que Alessandra Vieira é um nome ‘leve’ para a eleição de 2024, entretanto, uma união com o grupo Boca-Preta é praticamente descartada por ele. Apoios e adesões são bem vindos, mas os principais nomes do Verde batem na madeira quando a conversa parte para um cenário em que haja união política com Edson Vieira e companhia.
Valmir, de novo - Além do próprio nome para disputar a Prefeitura, Alan lembrou o empresário Valmir Ribeiro, que pouco não é candidato a deputado em 22. Valmir, ao contrário de Alan, demonstra muita vontade de se candidatar, só que até hoje seu nome nunca empolgou o eleitorado santa-cruzense.
Rejeitado - O vereador Capilé, apesar de se movimentar de olho em uma vaga na chapa majoritária para 24, sequer é lembrado para uma eventual composição. Capilé quer, mas seu grupo não, mesmo sendo ele o integrante com mais experiência e densidade eleitoral daqueles que ainda compõe o partido.
Chance 0 - Zéba esteve na Polo, disse que quer ser candidato a prefeito, que externou tal vontade em reunião do grupo, no entanto, também não é lembrado, ou melhor, não é sequer citado... Ou seja, é mais um sem chances de compor uma chapa Verde em 24.
Legislativo mais forte - Há duas semanas escrevi neste mesmo espaço sobre os acertos dos vereadores Zezin Buxin, Vando da Sertec e Capilé, que reforçaram seus times de assessores com excelentes nomes da comunicação local. Geraldo Moura, Marcondes Moreno e Walter Miro qualificaram o quadro de auxiliares legislativos.
Golaço - Quem também marcou um golaço na busca por reforços para o seu time de assessores foi o vereador Gilson Julião. Agora, além do competente Valtency Vasconcelos, Gilson tem em seu gabinete o fotógrafo Jefferson Lulu e a líder comunitária Cida Anjos.
Golaço II - Lulu e Cida são competentes, dedicados e eficazes naquilo que fazem. Gilson acerta mais uma vez, nesse que tem sido o ano mais intenso de sua trajetória como homem público.
E para finalizar, perguntar não ofende: Caso se confirme a tese de Alan César de que uma mulher deve compor a chapa do grupo em 2024 no posto de vice. Quem seria o melhor nome?
- A empresária Rafaela Arruda
- Vera da Isca Viva
- Vereadora Nega da ONG
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/F/R/jcFm4RRcCOoptbVqhe1g/whatsapp-image-2023-03-28-at-07.30.07.jpeg)
