A pauta da semana - Sem sombra de dúvidas o principal assunto da cena política local, nesta semana, foi o anúncio de desistência da disputa de mandatos eletivos, feito pelo empresário Allan Carneiro. Allan foi claro e objetivo em nota enviada a imprensa e também publicada em suas redes sociais: “Não vou disputar cargos públicos ou eleições de entidades”.
Fala Allan - “A vida é feita de ciclos, uns são demorados, outros mais curtos, mas que precisam ser encerrados em algum momento. Essa decisão agora anunciada foi tomada após a eleição de 2022. Confesso que só agora tive coragem de expressá-la publicamente, mas já havia comentado com alguns familiares e lideranças”, disse, deixando claro o quão complicado é o momento para ele.
A história - Paraibano da cidade de São Bento, Allan tornou-se figura conhecida em Santa Cruz do Capibaribe através do Moda Center, primeiramente participando da composição da diretoria liderada por Valmir Ribeiro, e depois através de sua própria gestão a frente do Parque. Figura competente, logo caiu nas graças da população e passou a ser visto como uma real alternativa, para contrapor os principais líderes políticos da cidade.
O ano do ‘quase’ - Candidato a prefeito em 2020, Allan iniciou aquela corrida eleitoral como um verdadeiro ‘azarão’, sendo, inclusive, desdenhado por seus adversários. Mas, a campanha se mostrou favorável a ele, que por pouco, por muito pouco não leva a disputa. O jovem empresário acabou derrotado pelo atual prefeito Fábio Aragão por apenas 313 votos, ficando a frente do então vice-prefeito Dida de Nan, candidato apoiado pela máquina municipal, que tinha a frente o ex-prefeito Edson Vieira.
O ano da lapada - Mas se em 2020 Allan não venceu a eleição por muito pouco, em 2022, em mais uma ‘aventura eleitoral’, ele não chegou nem perto de obter sucesso. Disputou o cargo de deputado estadual e além de não conseguir a eleição, foi derrotado na disputa local por Diogo Moraes por quase quatro mil votos de diferença. Ou seja, em apenas dois anos a diferença entre ele e o candidato Taboquinha na disputa cresceu assustadoramente.
O ano dos moídos - Agora, em 2023 Allan se viu pressionado pelas consequências de um processo que levou a eleição de Zéba para a presidência da Câmara local. Ele viu seu grupo se despedaçar, mesmo vencendo a disputa pelo Legislativo. Costumo dizer que nunca se perdeu tanto em uma vitória, quanto o grupo Verde nessa eleição de Zéba.
O legado - Allan deixa agora o grupo carente de uma nova liderança (ninguém sabe ainda para onde irão os 5 vereadores eleitos em 2020 pelo bloco), alguém que consiga unir carisma e competência política e que aguente o tirinête que todos aqueles que se aventuram nesse meio tem que aguentar. Ser líder não é fácil, obriga o sujeito conviver com situações nem sempre republicanas e a abrir mão de um monte de coisas, dentre elas, família, noites bem dormidas e negócios. Allan suportou tudo isso por apenas três anos...
Fim de linha? - “Meu papel agora consiste em me dedicar à família, aos estudos, ao trabalho e ao envolvimento em entidades não-governamentais e de Terceiro Setor. Gostaria muito que minha decisão fosse respeitada. Estou sendo justo com o que o meu coração pede”, assim ele se despediu em sua nota. Boa sorte Allan!
O objetivo de Gena - Enquanto isso, em Taquaritinga do Norte o vice-prefeito Gena Lins segue com suas articulações com vistas a eleição do próximo ano. Ser prefeito da Terra do Café se tornou uma verdadeira obsessão para ele, que trabalha com afinco neste projeto desde o primeiro dia de 2021.
O plano - Percebendo que não teria apoio do prefeito Lero para as sua pretensões, Gena tratou de montar seu próprio ‘exército’ e em 2022 apoiou candidatos diferentes dos escolhidos de Lero e de 90% do grupo Calabar.
O culpado? - Para muitos, inclusive, a dissidência de Gena foi fator fundamental para a não reeleição de Diogo Moraes, que ficou de fora da ALEPE por apenas 79 votos, enquanto o seu candidato a deputado estadual, Delegado Erick Lessa, obteve em Taquaritinga 2.486 votos.
Um novo ano - Agora, em 23, Gena segue com sua estratégia agressiva/ousada na busca por apoios, e mira vereadores do grupo Gravatinha. Guilherme Cumarú já cumpriu agenda politica neste último final de semana ao lado do vice-prefeito e informações dão como certo o desembarque de Hélio de Novo do projeto de Jânio e sua ida para o novo grupo do Gena.
De volta pra casa - Há quem aposte suas fichas que o movimento de Gena é tão forte que pode acabar ‘sufocando’ a liderança de Jânio, fazendo do vice-prefeito o candidato Gravatinha em 2024, o que selaria a sua volta (por cima) ao grupo do qual ele fez parte até meados da década de 2010.
E agora, Jânio? - O velho ‘tampa de Crush’ tem mais um desafio em sua longa trajetória política: mostrar que está vivo politicamente e ainda é capaz de comandar o grupo Gravatinha, já que há quem o subestime e/ou o trate como um ex-líder.
2024 já começou - Já em Vertentes, o bloco oposicionista já iniciou as articulações para a eleição do próximo ano. Uma reunião aconteceu nesta última segunda-feira em Taquaritinga e os principais nomes da oposição ao governo de Romero Leal estiveram reunidos.
Quem esteve lá - Igor Miranda e Dimas do Sindicato, últimos candidatos a prefeito e a vice-prefeito pelo grupo, marcaram presença no evento, além dos vereadores Marcone e Pedro Panela. A gestora do EREM Gil Rodrigues, Salomé, o sindicalista Zito Barros, o jovem João Albuquerque e o ex-vereador e agente da PRF Beto Germano participara do encontro.
Os nomes - Igor Miranda se colocou mais uma vez a disposição do grupo para disputar a Prefeitura, no entanto, a ‘surpresa’ da noite foi o fato da gestora do EREM, Salomé, também se colocar como pré-candidata a prefeita.
Pesquisa - A maioria dos presentes sugeriu uma pesquisa de opinião pública para que possa se saber qual o melhor nome para a disputa eleitoral do próximo ano. Por sua vez, Igor Miranda disse que respeita a vontade da maioria e que respeitará o resultado de uma eventual pesquisa, que poderá realizada já nos próximos meses.
Abandonou - Uma fonte ligada ao grupo oposicionista cravou que o nome de Salomé surge diante a inércia de Igor, que segunda ela, simplesmente ‘abandonou Vertentes’ pós-eleição de 2020, abrindo mão do papel de líder político.
Desafio - Dimas do Sindicato também tem perdido forças, o que abre espaços para novos nomes que topem o desafio de derrotar o grupo liderado por Romero Leal, a frente da Prefeitura de Vertentes há quase 20 anos.
E para finalizar, perguntar não ofende: Gilson Julião, Emanuel e Soares já vestirão vermelho a partir da próxima semana?