sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Confira a edição desta sexta-feira da coluna Politicando


No ar mais uma coluna ‘Politicando’, com os principais fatos da sempre animada (ou quase sempre) cena política de Santa Cruz do Capibaribe.

Começou com tudo - E eis que 2023 começou quente, ou melhor, fervendo, seja na cena nacional, quando golpistas/terroristas tentaram tomar na marra aquilo que perderam no voto, o poder. Ou na cena local, onde o grupo liderado pelo empresário Allan Carneiro implodiu diante declarações e notas, ainda em decorrência de feridas abertas na eleição para a mesa diretora da Câmara, ocorrida há cerca de um mês.

O início de tudo - Na manhã da última quarta-feira ganhou corpo a informação de que a vereadora Nêga estaria de malas feitas para deixar o grupo ‘Verde’. Ela teria dito em alto e bom som, nos bastidores da Câmara, que não mais comporia o projeto político de Allan Carneiro e que o eu destino seria o grupo Boca-Preta.

Terceirizou a responsabilidade - Indagada por integrantes da produção do programa Rádio Debate, da Rádio Polo, Nêga preferiu desconversar e disse que caberia a Allan (que na quarta-feira daria entrevista a Polo) falar sobre o seu futuro. Ou seja, ela simplesmente passou para Allan a responsabilidade de comunicar o seu rompimento com o grupo, coisa que o empresário não fez...

A nota - Já na manhã desta quinta, percebendo que Allan não a ‘expulsaria’ do grupo, Nêga resolveu se pronunciar através de uma nota. Em um texto longo ela falou sobre a eleição para a Mesa da Câmara, justificou seu voto em Zéba, a quem trata como um grande amigo, e não perdeu a oportunidade de cutucar Irmão Soares e esculachar Emanuel Ramos, a quem ela trata publicamente como um ‘bebê chorão’.

Os fins que justificam tudo - Na nota, a vereadora conta sua versão sobre tudo o que aconteceu na turbulenta noite que findou com a eleição de Zéba. Ela revelou articulações, conversar, acordos, desacordos, estresses e mágoas que parecem não ter fim, mas que justificam, ao menos para ela, o resultado daquela disputa.

P da vida com Soares - “Logo após o final da sessão que elegeu o meu amigo e vereador Zeba como presidente, retirou os “desabafos convenientes” por parte de alguns parlamentares. Palavras como; “Moral pra falar de uma nova política? Não tem!”. Surpreendi-me muito ao ver essa declaração de um parlamentar que “está em um grupo” de oposição e tem mais fotos e abertura com o prefeito do que alguns vereadores situacionistas, se, “jogar em duas vezes ao mesmo tempo” é a nova forma de fazer política, eu não quero”, disse ela na nota, em referência clara ao vereador Irmão Soares, que no dia seguinte a eleição foi às redes sociais escancarar sua insatisfação com tudo o que aconteceu na Câmara. Ele defendia o nome de Emanuel para presidir o Legislativo.

‘Mimado e chorão’ - “A política não é e nem tem lugar para crianças mimadas que ficam choramingando por aí, à política vai muito além de um capricho pessoal por uma carga, à política vai muito além de um discurso bonito que na prática não se materializa”, disse ela, agora mirando Emanuel, por quem ela nutre, notadamente, raiva ou mágoa, pois as palavras dirigidas a ele são sempre carregadas de ironia, sarcasmo com uma pitada de maldade.

Já era - E depois desse moído todo, Nêga não confirmou, nem negou que sairia do grupo ‘Verde’ (ou seja, a nota só não falou sobre o que deveria falar). Entretanto, diante da repercussão do debate na Rádio Polo, ela entrou em contato com o comunicador Silvio José e disse que não faz mais parte do grupo liderado por Allan. Concretizou-se então o rompimento político.

O que disse Emanuel... - Mais tarde um pouco Emanuel utilizou seus perfis em redes sociais para rebater Nêga e revelar fatos. Ele narrou, por exemplo, o constrangedor episódio ocorrido na confraternização promovida pela Câmara no final de dezembro, quando a vereadora ‘presentou’ o assessor de Emanuel, que não estava no evento. “Na confraternização da Câmara, estive ausente por conta de uma cirurgia e Felipe, meu assessor que estava presente, foi surpreendido quando a vereadora Nega, pegou o microfone e uma chupeta o entregou e disse “essa chupeta é para entregar a Emanuel”, em tom de zombaria que constrangeu vereadores, servidores e populares que estavam presentes, além de Felipe que passou pelo constrangimento de lhe ser entregue esse objeto pejorativo, referência ao fato de eu ter chorado na eleição da câmara pelo contexto que se desenhou”.

Cenas para um próximo capitulo - “Sigo muito tranquilo, com a consciência de que, apesar dos acontecimentos, nunca baixei o nível para agressões ou provocações grosseiras como fez a vereadora na confraternização da câmara. A política é um lugar para pessoas que tem postura, caráter e PREPARO, que busquem evoluir dia após dia como ser-humano e figura pública”, disse ela em sua nota, diante de um quadro político instável e tumultuado em seu grupo político.

E para finalizar, perguntar não ofende: Com o avançar das investigações que ocorrem em Brasília, será que nomes de empresários/empresas santa-cruzenses serão relevados como financiadores de atos golpistas/terroristas que tentaram concretizar um golpe de estado no último domingo?

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