terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Tadeu Schmidt alerta participantes do BBB 23 sobre relacionamento tóxico e abusivo no reality


Identificar os sinais de um relacionamento abusivo pode ser uma tarefa difícil quando se está dentro de uma relação. É isso que acontece com os participantes do BBB 23, a atriz Bruna Griphao e o modelo Gabriel Tavares, que estão juntos desde a primeira festa do reality. Vale ressaltar, que o apresentador do programa, Tadeu Schmidt, alertou os participantes, mas também colocou o assunto de volta nas rodas de conversa e em horário nobre na TV aberta.

"Gabriel, numa relação afetiva, certas coisas não podem ser ditas nem de brincadeira. Esse é o recado que eu quero falar para vocês", essa frase foi dita pelo apresentador para os participantes e telespectadores do programa. Segundo o professor do curso de Psicologia do Centro Universitário dos Guararapes (UniFG), Aluísio Soares, os sinais podem começar a aparecer no início do relacionamento, em tom de zombaria. Não existem padrões específicos que são tidos como regras para definir um relacionamento tóxico. Tudo depende de cada caso.

"Porém, podemos apontar alguns comportamentos que inclinam-se para uma relação assim, onde podem afetar principalmente a vítima, o agressor, as famílias e os círculos de amizades que envolvem ambos. Temos a minimização ou se quer reconhecimento das conquistas do parceiro(a) e mensagens transmitidas com agressividade ou em tons passivos agressivos, quando são justificadas com argumentos "racionais" com violência imbuída, ameaças disfarçadas de elogios, excessos de brincadeiras que ofendem a aparência física, personalidade ou humor do (a)companheiro (a). Além disso, são construídas rotinas a partir de atitudes que afetam diretamente a autoestima das vítimas, construindo relações de dependência financeira, afetiva e sociais", conta.

Uma relação tóxica e abusiva tende a ir piorando com o tempo. Existe um ciclo que acaba e recomeça, com a construção das tensões, explosão da violência e pazes seladas, em uma lua de mel. Isso quer dizer que ocorre controle de comportamento, isolamento do parceiro (a), ofensas verbais, humilhações, nem sempre com agressão física, mas violência patrimonial, moral, sexual, psicológica. O impacto dessa relação interfere na autoestima, autoconfiança, dependência emocional, ansiedade, insegurança, quadros depressivos, distúrbio de imagem, sintomas que podem afetar a vida familiar, financeira, profissional, sexual. "Estes relacionamentos afetam a vida das vítimas, transformando a sua rotina em uma relação de dependência afetiva, onde aprovações, justificativas e comprovações de seus atos, são tidos como "normais" ou "necessários" para a "paz" no dia a dia" afirma.

Mais aí é onde mora o perigo. As relações precisam ser livres e saudáveis, sem necessitar de exigências de status ou justificativas impostas, a descaracterização do sentimento genuíno de afeto, amor ou carinho antes existente, para uma relação de medo do parceiro(a). Onde cria-se a falsa esperança de que haverá uma mudança repentina neste processo e que é possível "aguentar mais um pouco". "A proporção dos impactos na vida das vítimas, vai depender especificamente da expectativa, sentimentos, necessidades e objetivos postos na relação. Mas, necessariamente, prejuízos virão caso a construção de um diálogo de respeito não seja colocada em prática", finaliza.

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