sexta-feira, 17 de março de 2023

Doidos e golpistas - Coronel da PMDF diz que bolsonaristas acampados em Brasília 'viviam em bolha' e que um deles contou ser extraterrestre


O
coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime disse à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta quinta-feira (16), que bolsonaristas acampados em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, "viviam em uma bolha". Segundo o responsável pelo Departamento Operacional da PMDF, um acampado chegou a dizer para ele que era um extraterrestre (veja vídeo acima).

"Aquele pessoal do acampamento, eles viviam em um mundo paralelo. Eu estive algumas vezes no acampamento, conversei com algumas pessoas e escutei assim relatos, assim, que falei: ‘Cara, não é possível que essa pessoa está me falando isso’", disse o coronel.

"Teve um que me abordou e falou para mim que ele era um extraterrestre, que ele estava ali infiltrado e que assim que o Exército tomasse, os extraterrestres iriam ajudar o Exército a tomar o poder. Eles consumiam só informações deles, era só o que era falado no carro, estavam em uma bolha", contou o militar.

Jorge Eduardo Naime está preso desde o dia 7 de fevereiro, após ser alvo da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), que investiga a omissão de militares no enfrentamento aos vândalos e a suspeita de colaboração com os atos de terrorismo. Nesta quinta, ele foi conduzido à CLDF e ouvido pelos deputados distritais que investigam os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Naime disse ainda que o Exército dificultou a prisão dos bolsonaristas radicais que invadiram as sedes dos três poderes da República. O coronel afirmou aos deputados distritais que estava de licença no dia dos ataques, mas que foi convocado para participar da remoção dos golpistas da Esplanada dos Ministérios.

No entanto, de acordo com ele, militares do Exército dificultaram a ação da PM e chegaram a tentar impedir a corporação de entrar nos prédios invadidos.

O Exército disse ao g1 que está colaborando com as investigações e que o caso "está sendo apurado pelas autoridades competentes".

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