Advogado de
Dilma Rousseff no processo de impeachment, José Eduardo Cardozo disse à sua
cliente que o veredicto do Senado lhe permite ser candidata a qualquer cargo
eletivo. No entanto, Dilma disse à amiga Kátia Abreu (PMDB-TO) que não cogita
tentar a sorte nas urnas. “Essa hipótese de candidatura é inexistente para a
Dilma”, declarou Kátia ao blog. “Ela me disse: ‘Não quero ser candidata a
nada’”.
Acompanhada do
marido e do filho, Kátia visitou Dilma na noite de 31 de agosto, horas depois
da votação em que os senadores cassaram-lhe o mandato de presidente.
Encontrou-a sozinha. Em tom de brincadeira, Kátia chegou a convidar Dilma para
se candidatar a senadora ou deputada federal pelo Tocantins. E ela: “Nunca
mais!”
Articuladora
da fórmula que permitiu cindir a votação do impeachment em duas
partes —primeiro a aprovação da “perda do cargo”, depois a derrubada da
“inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública”—, Kátia
reiterou que o resultado permitirá a Dilma trabalhar no setor público: “Ela
espera receber convites.”
Dilma também
afirmou à senadora que ainda não decidiu se trocará o Palácio da Alvorada pelo
seu apartamento, em Porto Alegre, ou pelo da mãe, Dilma Jane, no Rio de Janeiro.
“Ela me disse que há 70% de chance de ir para Porto Alegre e 30% para o Rio.”
Kátia ponderou
que Dilma talvez devesse evitar a capital gaúcha, onde o anti-petismo é mais
arraigado. Dilma deu de ombros. Respondeu que anda de bicicleta pela cidade sem
ser importunada.
Com informações do Blog do Josias de Souza
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