domingo, 4 de setembro de 2016

Envolvimento na política "é uma obrigação para um cristão”, diz Papa Francisco

“Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão”, falou o Papa Francisco, ao responder a perguntas colocadas por algumas das nove mil crianças e jovens de escolas e movimentos Jesuítas com quem se encontrou no Vaticano.

Os cristãos não podem “fazer de Pilatos, lavar as mãos»: «Devemos implicar-nos na política, porque a política é uma das formas mais elevadas da caridade, visto que procura o bem comum”, frisou Francisco.

“Os leigos cristãos devem trabalhar na política. Dir-me-ão: não é fácil. Mas também não o é tornar-se padre. A política é demasiado suja, mas é suja porque os cristãos não se implicaram com o espírito evangélico. É fácil atirar culpas... mas eu, que faço? Trabalhar para o bem comum é dever de cristão”, apontou.

Francisco pediu aos participantes para se tornarem «homens e mulheres com os outros e para os outros, verdadeiros campeões no serviço aos outros».

“Num mundo que tem tanta riqueza e tantos recursos para dar de comer a todos, não se pode compreender como há tantas crianças esfomeadas, tantas crianças sem educação, tantos pobres. A pobreza, hoje, é um grito. Todos nós devemos pensar se nos podemos tornar um pouco mais pobres”, assinalou.

O papa sublinhou que “a esperança se encontra em Jesus pobre", e que ele é quem abre "a janela ao horizonte”.

Francisco afirmou ainda que não quis ser papa e explicou que prefere viver na Casa de Santa Marta, e não no Palácio Apostólico, como os seus antecessores, porque gosta de “estar entre as pessoas”.

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