segunda-feira, 20 de julho de 2015

Exclusivo – Toinho do Pará concede entrevista e rasga o verbo: “Me senti expulso do grupo Taboquinha”

O ex-prefeito Toinho do Pará recebeu na tarde do último sábado, em sua propriedade na fazenda Quixabeira, o prefeito Edson Vieira, o deputado estadual Diogo Moraes e várias lideranças e correligionários do partido Boca-Preta. O encontro foi o primeiro de Toinho com os seus novos companheiros de grupo. 

O ex-prefeito concedeu entrevista exclusiva ao Blog do César Mello e falou de vários assuntos, dentre eles, sua relação com o ex-deputado Zé Augusto e a possibilidade de disputar um mandato na eleição do ano que vem.

Como foi receber Edson e Diogo em sua propriedade? – “Motivo de alegria, pois sempre disse que fiz e faço política com ‘P’ maiúsculo. Hoje, através do deputado Diogo Moraes e do prefeito Edson Vieira posso atender a vontade do povo, que é ver seus políticos trabalharem por sua terra. Para mim é uma alegria imensa receber nesse sábado tantos amigos, que em sua maioria, visitam pela primeira vez minha residência”.

Mudança de grupo político – “Passei noites angustiantes até que a decisão que eu havia tomado fosse anunciada a todos. Mudanças como a que eu fiz, são mudanças enfrentadas apenas por homens de coragem. Não foi fácil, mas tenho certeza que tirei um peso de minha cabeça, onde eu comia e não me sentia bem, bebia e não me sentia bem, tentava dormir e não dormia em paz. Hoje eu vejo que mudei da água para o vinho”.

2016 e a possibilidade de disputar um mandato de vereador – “Qualquer possibilidade existe. Sou um soldado e um soldado não pode fugir da guerra. Se o partido, se o povo verem que eu tenho que encarar tal missão, não fugirei dela. Tenho certeza que tenho  condições de contribuir muito com o futuro de nossa cidade e do nosso povo”.

Depois de ser deputado e prefeito, Toinho voltaria a disputar um mandato de vereador sem nenhum constrangimento? – “Votaria a disputar um mandato de vereador sem problema algum. Se for preciso eu voltar a ser apontador de frente de emergência voltarei, sem nenhum rancor e de cabeça erguida. Nossa vida é assim, cheia de altos e baixos e qualquer missão que caiba a mim será encarada com dignidade. Se o povo ver que eu tenho que disputar o mandato de vereador, assim farei, se for pra ser vice-prefeito da mesma forma, ou seja, tô pronto pra tudo”.

O fim do eu e Toinho, Toinho e eu? – “Fico triste quando estou em Recife e amigos me ligam, dizendo que Zé Augusto está falando mal de mim, mas no fim das contas eu relevo. Ele diga o que quiser, pois ele tá perdoado. Quando eu vê-lo apertarei sua mão, quero continuar sendo amigo dele, se ele quiser, ótimo, se não, eu vou fazer o que?”.

Como foi receber Edson Vieira em sua casa – “Passou um filme em minha cabeça. Foi uma turbulência grande em meu cérebro, pois só agora, depois de três semanas é que a poeira começa a baixar. Conversei com amigos e todos estão entendendo os motivos de minha decisão”.

Expulso do grupo Taboquinha – “Me senti expulso do grupo Taboquinha, pois quando eu encontrei com Diogo pela primeira vez não era para tratar de questões politicas, e sim de questões administrativas para a nossa cidade. Só que ao chegar em Santa Cruz espalharam que eu havia me tornado Boca-Preta, o que me fez agir rápido e anunciar a decisão que eu tomei”.

A deslealdade de Zé Augusto – “Ter saído da casa de Zé e ele ter postado no Facebook, no mesmo momento, o que tínhamos conversado não me chateou, mas ele não foi leal. Se fosse eu não teria feito o que ele fez. Fui a casa dele, comuniquei a ele de minha decisão e no dia seguinte fui a rádio e disse a todo mundo que a partir dali eu havia me tornado um Boca-Preta”.

A entrevista, na íntegra, será exibida na edição desta segunda-feira do programa Nordeste em Foco, que vai ao ar a partir das 11 da manhã na Rádio Vale do Capibaribe (www.valeam.com).

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