O ex-prefeito Toinho do Pará
recebeu na tarde do último sábado, em sua propriedade na fazenda Quixabeira, o
prefeito Edson Vieira, o deputado estadual Diogo Moraes e várias lideranças e
correligionários do partido Boca-Preta. O encontro foi o primeiro de Toinho com
os seus novos companheiros de grupo.
O ex-prefeito concedeu entrevista
exclusiva ao Blog do César Mello e falou de vários assuntos, dentre eles, sua
relação com o ex-deputado Zé Augusto e a possibilidade de disputar um mandato
na eleição do ano que vem.
Como foi receber Edson e Diogo em sua propriedade? – “Motivo de
alegria, pois sempre disse que fiz e faço política com ‘P’ maiúsculo. Hoje,
através do deputado Diogo Moraes e do prefeito Edson Vieira posso atender a
vontade do povo, que é ver seus políticos trabalharem por sua terra. Para mim é
uma alegria imensa receber nesse sábado tantos amigos, que em sua maioria,
visitam pela primeira vez minha residência”.
Mudança de grupo político – “Passei noites angustiantes até que a
decisão que eu havia tomado fosse anunciada a todos. Mudanças como a que eu
fiz, são mudanças enfrentadas apenas por homens de coragem. Não foi fácil, mas
tenho certeza que tirei um peso de minha cabeça, onde eu comia e não me sentia
bem, bebia e não me sentia bem, tentava dormir e não dormia em paz. Hoje eu
vejo que mudei da água para o vinho”.
2016 e a possibilidade de disputar um mandato de vereador –
“Qualquer possibilidade existe. Sou um soldado e um soldado não pode fugir da
guerra. Se o partido, se o povo verem que eu tenho que encarar tal missão, não
fugirei dela. Tenho certeza que tenho
condições de contribuir muito com o futuro de nossa cidade e do nosso
povo”.
Depois de ser deputado e prefeito, Toinho voltaria a disputar um
mandato de vereador sem nenhum constrangimento? – “Votaria a disputar um
mandato de vereador sem problema algum. Se for preciso eu voltar a ser
apontador de frente de emergência voltarei, sem nenhum rancor e de cabeça
erguida. Nossa vida é assim, cheia de altos e baixos e qualquer missão que
caiba a mim será encarada com dignidade. Se o povo ver que eu tenho que
disputar o mandato de vereador, assim farei, se for pra ser vice-prefeito da
mesma forma, ou seja, tô pronto pra tudo”.
O fim do eu e Toinho, Toinho e eu? – “Fico triste quando estou em
Recife e amigos me ligam, dizendo que Zé Augusto está falando mal de mim, mas
no fim das contas eu relevo. Ele diga o que quiser, pois ele tá perdoado.
Quando eu vê-lo apertarei sua mão, quero continuar sendo amigo dele, se ele
quiser, ótimo, se não, eu vou fazer o que?”.
Como foi receber Edson Vieira em sua casa – “Passou um filme em
minha cabeça. Foi uma turbulência grande em meu cérebro, pois só agora, depois
de três semanas é que a poeira começa a baixar. Conversei com amigos e todos
estão entendendo os motivos de minha decisão”.
Expulso do grupo Taboquinha – “Me senti expulso do grupo
Taboquinha, pois quando eu encontrei com Diogo pela primeira vez não era para
tratar de questões politicas, e sim de questões administrativas para a nossa
cidade. Só que ao chegar em Santa Cruz espalharam que eu havia me tornado
Boca-Preta, o que me fez agir rápido e anunciar a decisão que eu tomei”.
A deslealdade de Zé Augusto – “Ter saído da casa de Zé e ele ter
postado no Facebook, no mesmo momento, o que tínhamos conversado não me
chateou, mas ele não foi leal. Se fosse eu não teria feito o que ele fez. Fui a
casa dele, comuniquei a ele de minha decisão e no dia seguinte fui a rádio e
disse a todo mundo que a partir dali eu havia me tornado um Boca-Preta”.
A entrevista, na íntegra, será exibida na edição desta segunda-feira do
programa Nordeste em Foco, que vai ao ar a partir das 11 da manhã na Rádio Vale
do Capibaribe (www.valeam.com).
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