O deputado federal Rodrigo Maia
(DEM-RJ) foi eleito na madrugada desta quinta-feira (14), com 285 votos,
presidente da Câmara dos Deputados. Ele venceu no segundo turno o deputado Rogério
Rosso (PSD-DF), que era apontado como candidato favorito do Palácio do Planalto
e que teve 170 votos. Outros cinco deputados votaram em branco.
Maia irá suceder ao deputado
afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou à posição na semana passada
após ter o seu mandato suspenso em maio pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Filho do ex-prefeito do Rio Cesar
Maia (DEM), Rodrigo Maia comandará a Câmara apenas até 31 de janeiro de 2017,
que é quando terminaria o mandato de Cunha.
A votação durou 32 minutos: teve
início às 23h43 e, às 0h15, o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA),
que exercia interinamente a presidência, declarou a vitória de Maia.
Com o apoio oficial das bancadas
de PSDB, DEM, PPS e PSB, Maia já tinha vencido Rosso no primeiro turno com uma
diferença de 14 votos – o placar havia sido 120 votos contra 106. No segundo
turno, conseguiu angariar também o apoio de PDT, PCdoB, PR e PTN.
Embora o DEM faça parte do
governo Michel Temer – detém o comando do Ministério da Educação –, o partido
não integra o chamado “Centrão”, que é um bloco informal que reúne siglas mais
de centro-direita e que são a base de sustentação do Palácio do Planalto.
No início da gestão Temer,
Rodrigo Maia chegou a ser cogitado para a liderança do governo na Câmara, mas
acabou preterido pelo líder do PSC, André Moura (SE), aliado de Cunha e imposto
pelo "Centrão". Foi neste episódio que Maia, tido
até então como aliado de Cunha, se afastou do peemedebista, que trabalhou nos
bastidores para eleger Moura líder do governo.
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