terça-feira, 10 de novembro de 2015

“Me lembro de um tempo em que nós professores éramos expulsos pela Polícia, como se fossemos bandidos, meliantes”, dispara Joselito Pedro em seu Facebook

Imagem: Blog do Ney Lima
O secretário de Educação de Santa Cruz do Capibaribe, Joselito Pedro, usou seu perfil no Facebook para se pronunciar sobre a polêmica em torno do atraso do pagamento dos funcionários da rede municipal de educação.

No programa Rádio Debate desta terça-feira a representante do Sindicato dos Professores do município, Luciene Cordeiro, comentou o atraso dos pagamentos para alguns professores da rede municipal de ensino. 

“Ontem foi o prazo limite estourado para o prefeito pagar o mês de outubro, e os valores para os pagamentos entram nos dias 10, 20 e 30. Nós percebemos que se o prefeito deixa para pagar após o dia 10, ele já está utilizando parte da verba do mês seguinte para pagar o mês anterior e isso é muito complicado. Queremos que a prefeitura se organize e, pague dentro do mês e isso é uma falta de organização”, disse Luciene no Rádio Debate, que vai ao ar na Polo FM.

Em seu perfil no Face, Joselito, que reconheceu a importância do trabalho do Sindicato, recordou episódios que marcaram a difícil relação da ex-secretária Socorro Maia com Sindicato dos Professores e toda a categoria. “Me lembro de um tempo em que nós professores éramos expulsos pela Polícia, como se fossemos bandidos, meliantes, quando, na verdade, apenas reivindicávamos aumento salarial, que durante cinco anos seguidos nos foi covardemente negado, sem nenhuma justificativa”, disse ele, que seguiu, “Não dá pra esquecer de jeito nenhum quando éramos chamados publicamente de desocupados e anarquistas. Impossível esquecer a forma desumana como os nossos alunos eram tratados, quando tomavam água de péssima qualidade em potes de margarina.

Mais adiante em seu texto, Joselito citou o ‘escândalo da merenda’, que marcou a campanha eleitoral de 2012. “Não tem como esquecer do maior escândalo da história da merenda (quando desviavam a verba, roubando o direito das crianças de terem seu alimento). Como não lembrar? Impossível. Como esquecer de um gestor público mandando as minhas amigas professoras procurarem machos, porque era disso que elas precisavam segundo ele (aquele que quer voltar, mas o povo não vai deixar)”. 

“Que eu não me esqueça nunca desse tempo, pra fazer do tempo de agora um tempo mais digno, um tempo melhor, enfrentando as dificuldades e superando os obstáculos, porque se não fosse assim, gosto tão bom não teria. No mais, bato palmas para aqueles que de fato SIM podem reivindicar direitos, por ser DIREITO”, finalizou Joselito Pedro. 

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