sábado, 29 de agosto de 2020

Vale a pena perguntar - O que há por trás do 'barulhento silêncio' e do sumiço de Zé Augusto Maia?









O tradicional grupo Taboquinha vive, sem sombra de dúvidas, o momento mais delicado desde a sua criação. O ano de 2020 é visto por muitos como o ápice de uma crise interna que vem se repetindo e agravando eleição pós eleição. Tornou-se comum a prática de se ‘lavar a roupa suja’ em público e as divergências e intrigas foram escancaradas para toda a cidade.

Assim foi em 2010, quando Zé Augusto Maia e Diogo Moraes racharam o partido. Da mesma forma o partido se dividiu em 2012, quando quatro líderes disputaram uma pré-campanha que não serviu para absolutamente nada. Em 2014 o grupo repetiu a fórmula, e foi às urnas com duas candidaturas a deputado estadual: Ernesto Maia e Toinho do Pará (nenhum eleito). Em 2016 Zé Augusto e Fernando duelaram na pré-campanha e se ‘entenderam’ às vésperas da eleição daquele ano, depois de uma confusa série de troca de vices. Em 2018 novamente a turma de Zé Augusto e a de Fernando estiveram em campos opostos, dessa vez sem acordo, pois Fernando passara a apoiar Diogo, que voltou ao grupo depois de seis anos de atuação no partido Boca-Preta.

A eleição de Augusto Maia para a presidência da Câmara de Vereadores em dezembro de 2018 deixou muitos com a sensação de que enfim, o partido viveria dias de calmaria, já que Augusto chegou ao poder graças a articulação de Diogo Moraes e Zé Augusto Maia, com a aprovação de Fernando Aragão. No entanto, a paz Taboquinha durou pouco, e ainda em 2019 Fernando e Diogo se distanciaram. A parceria firmada em 2018, com juras de fidelidade, deu lugar a desconfiança, que pouco tempo depois transformou-se em rivalidade partidária.

Com o PSB alijado do processo eleitoral deste ano e vários mandatos em jogo, o grupo vive um momento dramático. De um lado, Fábio Aragão, que agora lidera o grupo que até bem pouco tempo apoiava a pré-candidatura do seu pai, Fernando Aragão. Do outro lado, os inconformados, aqueles que não admitem aliança com Fábio e com o PP. Esse segundo grupo é capitaneado por Ernesto Maia, do PCdoB, e tem ainda nomes como, Marllos da COHAB e Helinho Aragão (descartado pelo PSB).

Pivô da maioria das desavenças vividas no grupo Taboquinha ao longo dos últimos anos, o ex-prefeito Zé Augusto Maia simplesmente sumiu do debate em torno o futuro do partido. Acostumado a ser o protagonista principal das discussões, ele agora adotou o ‘voto de silêncio’ como estratégia política e resolveu viajar para Florianópolis, coincidência ou não, justamente no momento em que Fábio anunciou sua pré-candidatura a prefeito.

Definitivamente, Zé Augusto Maia não combina com discrição. Sua barulhenta trajetória como homem público fala por si só. O tal ‘voto de silêncio’ e a história da viagem inadiável de Zé incomoda a muitos e abre uma série de especulações da cabeça dos seus seguidores. Afinal de contas:

  • Quando Zé Augusto vai se pronunciar sobre o seu futuro político?

Vale a pena perguntar:

  • Zé teria mesmo coragem de disputar novamente a Prefeitura de Santa Cruz?
  • Zé Augusto Maia é solidário a Helinho Aragão, diante de tudo o que ele passou?
  • Zé Augusto concorda com a decisão de Diogo, que declarou apoio a Fábio Aragão?
  • Ou ele apoia o grupo dos inconformados, liderado por Ernesto Maia?
  • Zé adotaria novamente o discurso ‘paz e amor’ e, em nome da pacificação do partido, apoiaria Fábio Aragão?
  • A renovação de mandato de Augusto é mesmo prioridade para Zé Augusto?
  • De 0 a 10, qual o grau de comprometimento de Zé Augusto com Diogo Moraes para 2022?

As respostas, assim espero, teremos em breve, seja através de palavras ou gestos.

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