segunda-feira, 8 de maio de 2017

Caso de polícia - Dois candidatos a vereador são procurados por suspeita de furtar água

A Polícia Civil continua à procura de dois suspeitos de desviar água da Adutora do Prata, em Caruaru, Agreste de Pernambuco. Os suspeitos são dois candidatos a vereador: Josias Artur, que concorreu nas últimas eleições a uma vaga na Câmara de Caruaru e João Macena, que disputou uma vaga na Câmara de Agrestina. Os dois foram alvo da Operação Igarapé, desencadeada na sexta-feira passada e detalhada esta manhã pela polícia.

De acordo com o delegado Luiz Bernardo, titular do caso, os advogados de ambos os suspeitos entraram em contato para negociar a apresentação de seus clientes, fato que está sendo aguardado pela polícia.

A operação cumpriu um mandado de prisão temporária e prendeu outras 10 pessoas em flagrante, todas enquadradas no crime de furto qualificado. De acordo com o chefe de Polícia, delegado Joselito Kehrle do Amaral, o caso vinha sendo investigado há cerca de seis meses e a polícia continuará vigilante para evitar o prejuízo à população, lembrando que o desvio da água deixou cerca de cem mil pessoas sem abastecimento.

A investigação confirmou a suspeita da Compesa e identificou diversos pontos de furtos de água ao longo da BR-104, na zona rural dos municípios de Caruaru e Agrestina. Foram localizadas ligações clandestinas que transportavam água para grandes barreiros utilizados exclusivamente para o abastecimento e comercialização de carros-pipas para a população.

Só no mês de abril, os furtos na Adutora do Prata representaram uma perda de 8% da água fornecida para 550 mil pessoas em Caruaru, Agrestina, Santa Cruz do Capibaribe, Ibirajuba, Altinho e Cachoeirinha. Esse volume seria suficiente para atender a população de Santa Cruz do Capibaribe (100 mil pessoas), durante dez dias.

De acordo com a Compesa, a suspeita surgiu após ser registrada, no período das 22h às 6h, uma redução da vazão que chegava a 100 litros de água por segundo, o equivalente a 25% do volume total do sistema que atende as seis cidades situadas no Agreste, região que enfrenta o sétimo ano consecutivo da seca. "O desvio de água estava influenciando diretamente o cumprimento do calendário dos setores atendidos pelo Sistema Prata, pois em algumas localidades a água chegava com baixa pressão e em outras nem chegava",  informou o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Mário Heitor Filho.

Com informações do Diário de Pernambuco

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