quinta-feira, 18 de maio de 2017

Após pedido do PSDB, ministro das Cidades decide ficar no cargo

Após pedido do presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, para que os ministros tucanos permaneçam nos cargos, enquanto o partido aguarda a divulgação do conteúdo das gravações dos executivos da JBS, que abalaram o Governo Temer, o ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo decidiu permanecer.

Em nota oficial, Bruno reforçou o posicionamento do presidente de que vai aguardar o conteúdo das gravações.

Confira a nota oficial de Bruno Araújo:

O ministro Bruno Araújo permanece no governo federal a pedido do seu partido, o PSDB. O partido aguarda a divulgação do conteúdo das gravações dos executivos da JBS.

PRESSÃO NO PLANALTO - A pressão em cima dos ministros é grande, desde que vazaram gravações, divulgadas pelo jornal “O Globo” nesta quarta-feira (17), em que Joesley Batista, um dos donos da JBS, encontrou Temer no dia 7 de março no Palácio do Planalto. O empresário teria registrado a conversa com um gravador escondido. Batista disse ter contado a Temer que estava pagando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao lobista Lúcio Funaro para ficarem calados. O presidente, segundo o empresário, responde: “Tem que manter isso, viu?”.

No caso do Aécio, ele foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Batista. O empresário entregou um áudio à Procuradoria-Geral da República em que o tucano pede a quantia, sob o pretexto de pagar as despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.

Hoje, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin proibiu Aécio de exercer as funções de senador. A Procuradoria-Geral da República também pediu a prisão do tucano, mas Fachin, responsável pela Lava Jato na Corte, negou o pedido. A irmã de Aécio, Andrea Neves, foi presa.

Em nota publicada ontem, Temer confirmou o encontro, mas disse que “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha” e negou ter participado ou autorizado “qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”.

Já Aécio, decidiu deixar a presidência do PSDB alegando que vai se dedicar a provar sua inocência, após ser citado e gravado pelo empresário Joesley Batista em delação premiada feita à Procuradoria-Geral da República e homologada nesta quinta pelo STF. “Em razão das ações promovidas no dia de hoje contra mim e minha família, quero afirmar que, a partir de agora, minha única prioridade será preparar minha defesa e provar o absurdo dessas acusações e o equívoco dessas medidas”, diz Aécio em nota oficial.

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