Após pedido do
presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, para que os ministros tucanos permaneçam
nos cargos, enquanto o partido aguarda a divulgação do conteúdo das
gravações dos executivos da JBS, que abalaram o Governo Temer, o ministro das
Cidades, o pernambucano Bruno Araújo decidiu permanecer.
Em nota
oficial, Bruno reforçou o posicionamento do presidente de que vai aguardar o
conteúdo das gravações.
Confira a nota oficial de Bruno Araújo:
O ministro
Bruno Araújo permanece no governo federal a pedido do seu partido, o PSDB. O
partido aguarda a divulgação do conteúdo das gravações dos executivos da JBS.
PRESSÃO NO PLANALTO - A pressão em cima
dos ministros é grande, desde que vazaram gravações, divulgadas pelo
jornal “O Globo” nesta quarta-feira (17), em que Joesley Batista, um
dos donos da JBS, encontrou Temer no dia 7 de março no Palácio do
Planalto. O empresário teria registrado a conversa com um gravador escondido.
Batista disse ter contado a Temer que estava pagando ao ex-deputado federal
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao lobista Lúcio Funaro para ficarem calados. O
presidente, segundo o empresário, responde: “Tem que manter isso, viu?”.
No caso do
Aécio, ele foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Batista. O empresário entregou um
áudio à Procuradoria-Geral da República em que o tucano pede a quantia, sob o
pretexto de pagar as despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.
Hoje, o
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin proibiu Aécio de
exercer as funções de senador. A Procuradoria-Geral da República também pediu a
prisão do tucano, mas Fachin, responsável pela Lava Jato na Corte, negou o
pedido. A irmã de Aécio, Andrea Neves, foi presa.
Em nota
publicada ontem, Temer confirmou o encontro, mas disse que “jamais
solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha” e
negou ter participado ou autorizado “qualquer movimento com o objetivo de
evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”.
Já Aécio,
decidiu deixar a presidência do PSDB alegando que vai se dedicar a provar
sua inocência, após ser citado e gravado pelo empresário Joesley Batista em
delação premiada feita à Procuradoria-Geral da República e homologada nesta
quinta pelo STF. “Em razão das ações promovidas no dia de hoje contra mim e
minha família, quero afirmar que, a partir de agora, minha única prioridade
será preparar minha defesa e provar o absurdo dessas acusações e o equívoco
dessas medidas”, diz Aécio em nota oficial.
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