Dia da Síndrome de Down: Ações para promover a inclusão desde a infância

O Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, desde 2006, é uma campanha que vem para conscientizar a população sobre os direitos e as oportunidades das pessoas portadoras dessa condição genética. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, no período entre 202o e 2021, foram notificados 1.978 bebês nascidos com a síndrome. Diante disso, a especialista em pediatria da Clínica Três Marias, Fabiana Rocha, destaca que as ações para assegurar a saúde e inclusão desse grupo desde a infância são essenciais.

“Os pais de crianças com a Síndrome de Down devem buscar o acompanhamento médico e multiprofissional desde os primeiros meses de vida. Promover a garantia da educação através de escolas inclusivas e o acompanhamento pedagógico também é fundamental. Além disso, realizar atividades de lazer com os filhos e assegurar uma boa relação são importantes para o desenvolvimento emocional e psicossocial”. A profissional destaca que o diagnóstico precoce sobre a condição é necessário para o aconselhamento e preparação da família.

A Síndrome, que se caracteriza por uma alteração na condição genética, faz com que a pessoa nasça portando 47 cromossomos, ao invés de 46. E pode ser detectada através de diagnóstico clínico, que pode ser identificado na hora do nascimento ou por meio de exame laboratorial. Junto à condição, ainda podem ser identificadas alterações como cardiopatia, deficiência auditiva ou visual. “As crianças com a síndrome precisam de acompanhamento desde o nascimento, não só para manter a sua boa saúde e garantir o desenvolvimento adequado, mas também para identificar as deficiências e intervir precocemente, a fim de minimizar atrasos e sequelas”, afirma a pediatra.

A profissional por fim ressalta que os pais de crianças com Down devem se atentar, ainda mais, para manter a vacinação dos pequenos em dia, a fim de evitar doenças. Nesse sentido, o acompanhamento auditivo, oftalmológico e odontológico deve ser garantido anualmente. “Diante do alto risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, síndrome metabólica e hipertensão arterial, assim como risco de hipotiroidismo, devem ser realizadas investigações periódicas. Os cuidados com a pele e alterações musculoesqueléticas também devem ser priorizados”, finaliza.