domingo, 3 de março de 2024

Excesso de jogos eletrônicos: especialista explica os riscos para crianças e adolescentes


Jogar videogame é comum em muitas famílias. O hábito de jogar, por muitas vezes, passa de geração a geração, promovendo momentos interativos envolvendo adultos, adolescentes e, até crianças. Além disso, os jogos estimulam o pensamento rápido, a criatividade e o raciocínio lógico. Nas últimas décadas, com o avanço da tecnologia, a ampliação do uso intensificou a prática de jogos eletrônicos, especialmente entre crianças e adolescentes, chegando a ser vista como uma das principais formas de diversão da atualidade.

Contudo, o grande problema vem se tornando o excesso do uso do videogame. Desde 1980, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu o vício em jogo patológico em doença, atualmente denominado de transtorno de jogo. O uso excessivo dos jogos eletrônicos estão cada vez mais sendo associados a problemas como déficit de atenção, hiperatividade, depressão, isolamento social. Atitude esta que prejudica o convívio social e familiar.

Segundo a psicóloga e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Cynthia Andressa, o excesso de jogos eletrônicos podem causar diversos sintomas físicos e mentais. “Dentre alguns prejuízos sociais pode-se destacar a abstinência quando os jogos são retirados, baixa tolerância, perda de interesse por outras atividades, oscilação de humor. Os sinais ou sintomas mais presentes entre as crianças e adolescentes que fazem o uso abusivo de jogos eletrônicos são a depressão, ansiedade social e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, além de impulsividade, tendo menos controle emocional e menos empatia, além de sintomas de ansiedade e baixa estima”, destaca.

A especialista ainda dá algumas dicas de como pais e mães podem equilibrar o tempo dedicado do videogame com outras atividades também importantes. “Para todas as idades, evitar o uso de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de dormir. Ofereça alternativas, a exemplos de atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza. Crie regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, incluindo momentos de desconexão e mais convivência familiar e faça acordos e negociações sempre que possível”, conclui.

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