segunda-feira, 4 de março de 2024

Saúde em pauta - Especialista alerta para os riscos de tomar remédios como Ozempic, Saxenda e Mounjaro sem prescrição


De acordo com um estudo da revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA), os medicamentos Ozempic, Saxenda e Mounjaro, populares devido ao efeito na perda de peso, aumentam os riscos de problemas gastrointestinais graves. Esses remédios, que a princípio são para o tratamento de diabetes, foram liberados pela Anvisa para combater a obesidade, uma vez que auxiliam na diminuição da fome. Com exceção do Mounjaro, que ainda não foi aprovado para fim de emagrecimento.

De acordo com o clínico geral da Clínica Três Marias, Niltes Júnior, esses medicamentos têm sido usados, principalmente, porque promovem o controle glicêmico e um rápido e eficaz emagrecimento. “Saxenda e Ozempic são medicamentos agonistas do GLP-1 (hormônio produzido no intestino), que induzem a saciedade e redução do esvaziamento gástrico, controle da liberação de insulina. Já o Mounjaro é um duplo agonista, tanto do GLP-1 quanto do GIP (Outro hormônio naturalmente produzido no intestino), que age induzindo a saciedade e o esvaziamento gástrico, controle da liberação de insulina e do glucagon”, pontua.

Apesar desses medicamentos terem um perfil de segurança aceitável, especialmente para pacientes que enfrentam problemas de obesidade, o profissional ressalta que os efeitos colaterais, a curto ou a longo prazo, podem surgir devido aos mecanismos de ação. Assim, os sintomas mais comuns são: náuseas, diarreia, constipação, vômitos, dor abdominal, hipoglicemia, dor de cabeça e fadiga. Além disso, a longo prazo, existem relatos raros de inflamação no pâncreas e cálculos biliares.

Diante disso, o especialista alerta para os riscos que esses remédios causam quando são tomados sem orientação médica, uma vez que podem levar a obstrução intestinal, gastroparesia e pancreatite, condição potencialmente fatal, se não diagnosticada e tratada de forma adequada. “A importância da prescrição vem do risco da automedicação. Tanto ao risco de fazer uso sem a necessidade do medicamento, quanto ao risco de doses inadequadas. Esses fatores podem fazer com que o paciente tenha efeitos colaterais mais potencializados, assim como complicações que podem colocar em risco a própria vida”, finaliza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário