sexta-feira, 8 de março de 2024

8 de Março, Dia Internacional da Mulher - Gilson Julião escreve sobre importância e força da mulher na sociedade e na política


O dia internacional da mulher tem origem na LUTA, em 1917, quando mulheres reivindicavam melhores condições de trabalho e de vida.

Hoje nossa cidade conta com apenas duas mulheres ocupando cadeiras aqui na Câmara, mas a conquista do voto feminino, o direito de votar e ser votada só esteve presenta na Constituição em 1934, 100 anos depois da nossa primeira Carta Constitucional. E existe ainda uma curiosidade, o voto era facultativo, só em 1965 o voto feminino foi equiparado ao voto dos homens. Resultado disso, as representações por todo país são ocupadas de forma esmagadora por homens.

Na tentativa de corrigir esse lapso histórico, nas últimas eleições foi estabelecido o número mínimo de 30% de mulheres concorrendo às vagas proporcionais. Porém, entendo que esse direito deveria ser na quantidade de cadeiras do legislativo o que faria de fato estimular a participação feminina na política.

Sempre defendi que as mulheres ocupem mais espaços na política, e aqui no meu mandato eu não poderia agir diferente. Quero deixar aqui registrado que o mandato que represento tem uma grande mulher na assessoria, no lugar de articulação, de formulação de ideias, de execução de projetos e de políticas. Cida, não está aqui apenas para ocupar espaço, mas para garantir representatividade e efetivar aquilo que eu e você acreditamos: que lugar de mulher é onde ela quiser.

Em 2023, o Censo apontou que Pernambuco é um estado feminino, já que 52,3% da população é formada por mulheres. No Nordeste elas representam 51,7% e no Brasil, 51,5% da população.

Nós estamos numa cidade onde a força da mulher é inegável. Do chão de fábrica às direções de empresas, as mulheres construíram a economia de Santa Cruz do Capibaribe. Mas, se eu te disser que até 1961 a mulher brasileira precisava de autorização do marido para trabalhar fora. A liberdade de trabalhar fora só veio em 1962 com o Estatuto da Mulher Casada.

Essa mesma mulher que é maioria no nosso país, também sofre um tipo de violência específica, cruel e aprisionante, que a violência praticada pelo simples fato dela ser uma mulher. E, em muitos casos, o feminicídio é o desfecho dessa violência. Em 1980 o Brasil lançou a campanha: ‘Quem ama, não mata’, visando coibir a violência contra a mulher. Em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha, voltada para coibir e penalizar quem pratica violência contra a mulher, seja doméstica ou intrafamiliar.

Encerro o registro do dia de hoje, citando algumas mulheres para que a gente não esqueça que elas foram e são importantes na construção da história das conquistas femininas, que não aconteceram de casa, mas da luta. Não apenas no discurso, mas na prática.

Na política: A senadora Teresa Leitão, a ex-presidente Dilma Roussef, a governadora Raquel Lyra.
Na religião: Madre Teresa de Calcutá.
Na ciência: Marie Curie,
Na literatura: Nísia Floresta, Djamila Ribeiro.
Na luta por direitos: Dandara, Anita Garibaldi, Maria Tomásia, Maria da Penha.
Nas artes: Chiquinha Gonzaga, Tarsila do Amaral.
Na medicina: Carlota Pereira de Góis.

Viva a luta de todas vocês, mulheres!

Gilson Julião

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