Direcionada
para entidades e estudantes, a palestra sobre o movimento Maio Amarelo
realizada nesta terça-feira (24), na praça CEU, levou dezenas de pedestres,
condutores e órgãos públicos ao diálogo e a reflexão sobre os altos índices de
mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. A iniciativa da Prefeitura de
Santa Cruz do Capibaribe, através das secretárias de Educação, de Cidadania, de
Saúde e de Mobilidade Urbana, buscou ainda conscientizar a sociedade da
importância de um comportamento seguro no trânsito.
De acordo com
o Comitê Regional de Prevenção aos Acidentes de Moto (CRPAM), o motociclista é
responsável por 42,2% dos acidentes e a motocicleta é pontada como a causa de
76,8% dos acidentes de trânsito terrestre. “Ações como esta são muito
importantes para a redução de acidentes, infelizmente Santa Cruz do Capibaribe
ainda permanece entre os municípios da IV Gerência Regional de Saúde, com maior
número de óbitos por acidente de motos”, ressaltou o secretário executivo do
CRPAM, André Coimbra.
Ainda segundo
Coimbra, a operação Lei Seca, não tem a função de coibir o consumo de bebidas
alcoólicas, mas de zelar pela vida; seja quando autua o condutor do veículo ou
quando o orienta a tomar medidas de segurança no trânsito. “Escolhemos a
educação como método preventivo de acidentes, mas há momentos em que motoristas
e pedestres se recusam a adotar hábitos mais seguros. Então, coube à Lei Seca,
assim como a outras leis do Código de Trânsito Brasileiro, zelar pela vida
humana”, pontou o secretário executivo, André. Entre janeiro e abril, foram
realizados 136 testes de alcolemia no município.
Em 2015, os
acidentes menores, com internação e com mortes decorrentes de motocicletas
custaram ao estado pernambucano quase R$ 1 bilhão. “Este foi parte do montante
que deixou de ser investido em saúde pública no ano passado. Pois, ainda
existem os custos com acidentes de automóveis, bicicletas, com pedestres, com
tração animal, entre outros. Sem falar, nos custos sociais e na superlotação da
rede de saúde causadas simplesmente pela falta do hábito de abotoar o capacete
ou obedecer ao limite de velocidade estipulado pela via,” declarou o Secretário
de Saúde, Breno Feitoza.
Conforme dados
divulgados pela Secretaria de Mobilidade Urbana, entre janeiro e março deste
ano foram registrados 52 acidentes de trânsito na cidade. “Sabemos que o número
é bem maior, uma vez que muitas pessoas optam por não registrar o acidente.
Entre os motivos está a falta de habilitação para conduzir o veículo, o
condutor é menor de idade ou a moto está em situação irregular” destacou o
Secretário de Mobilidade Urbana, Fábio Aragão.
Após a
palestra, o público pôde fazer perguntas, tirar dúvidas e propor sugestões para
a melhoria da mobilidade na Capital da Confecção. Participaram ainda deste
encontro, representantes do SAMU, da 27ª Ciretran Santa Cruz do Capibaribe, do
Clube Gavião Capibaribe, da Igreja Católica, do Moda Center Santa Cruz e da
Associação dos Mototaxistas Profissionais de Santa Cruz do Capibaribe.
O movimento Maio Amarelo continua nesta quarta-feira
(25) com palestras educativas nas escolas municipais e estaduais; panfletagens
nos semáforos com os alunos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos; passeata e encenação de acidente na avenida 29 de Dezembro.
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