sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Pernambuco aguarda 140 mil doses de vacina do Instituto Butantan


O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou ontem que o estado espera receber 140 mil novas doses da vacina CoronaVac/Butantan contra a Covid-19. A expectativa é que os imunizantes cheguem entre os dias 3 e 4 de fevereiro. No total, o Governo Federal adquiriu 46 milhões de doses ao centro de pesquisa, dos quais 6,9 milhões já foram entregues à União. Pernambuco recebeu 308,4 mil doses da CoronaVac, divididas em duas remessas, além de 84 mil vacinas AstraZeneca/Oxford.

Até agora, 75.552 pessoas que fazem parte do público prioritário da primeira fase da campanha no estado já foram imunizadas. Desse total, 54.390 são trabalhadores da saúde (sendo 11.518 profissionais que atuam nos hospitais do Governo de Pernambuco), 13.309 indígenas aldeados, 3.896 idosos que vivem em abrigos, 3.770 idosos acima de 85 anos e 187 pertencem ao grupo de pessoas com deficiência que vivem em instituições.

"O próprio governo federal já manifestou que todas as doses de vacinas que sejam aprovadas pela Anvisa estejam disponíveis", explicou Longo, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira à tarde. Ele voltou a destacar que o início da vacinação não é pretexto para a população relaxar nas medidas de prevenção contra o vírus.

"A vacina não garante proteção instantânea, por que precisa de um tempo para a ação, para estimular a imunidade e duas doses para que essa proteção possa se completar e ser mais efetiva", lembrou Longo. Ele espera, no entanto, que o número de hospitalizações passe a cair a partir de um prazo de cerca de duas semanas após a aplicação da segunda dose das vacinas, que têm intevalos variáveis a depender do fabricante - duas a quatro semanas de intervalo no caso da CoronaVac e três meses para a AstraZeneca.

O secretário detalhou os números da doença nas últimas semanas epidemiológicas, alertando que não há, atualmente, indicativo de redução do contágio. “Neste momento, não temos um cenário de aceleração da pandemia, mas tampouco temos queda sustentada da transmissão. Além disso, os números são preocupantes, e ainda há transmissão ativa do vírus em Pernambuco, o que reforça a necessidade dos cuidados”, ressaltou.

Em relação aos casos graves, suspeitos para a Covid-19, Pernambuco registrou na semana passada uma redução de 8,5% em relação à semana anterior e de 11% em 15 dias de comparação. Já em relação às solicitações de leitos na Central Estadual de Regulação, o estado teve, entre as semanas epidemiológicas 3 e 2, redução de 5% nos pedidos de vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em contrapartida, houve um aumento de 15% nos pedidos de internação nas enfermarias voltadas para casos suspeitos do novo coronavírus.

O secretário reforçou a prioridade de vacinar o quanto antes os trabalhadores pernambucanos da saúde que atuam na linha de frente da pandemia. “Iremos completar, ao longo das próximas semanas, a vacinação de todos os trabalhadores da saúde. É preciso ficar claro que só iremos avançar para uma segunda fase depois de vacinar todo o primeiro grupo”, ressaltou.

PARQUES - Longo também comentou que durante o congresso da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) foi debatido um novo fechamento de parques, caso as pessoas continuem se aglomerando nos equipamentos, sem máscaras. “O comitê estadual (da Covid-19) continua observando uma melhora nas praias. Já nos parques, é fato a atuação das prefeituras, mas, infelizmente, ainda existe uma resistência ao uso de máscara, numa clara negação à gravidade do vírus”, disse Longo.

Na semana passada, o governo do estado reforçou que, caso não haja um cumprimento mais rigoroso das regras nos parques públicos, atuará para coibir o descumprimento às medidas, não descartando o fechamento. Alguns parques e praças do Recife receberam uma campanha de conscientização da prefeitura no último final de semana.

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