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Robson Braga de Andrade - Presidente da CNI |
Papo longo - Após mais de
duas horas de reunião com o presidente interino Michel Temer e com cerca de 100
empresários do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação
(MEI), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga
de Andrade, disse hoje (8) que, para o governo melhorar a situação do déficit
fiscal, serão necessárias “mudanças duras” tanto na Previdência Social quanto
nas leis trabalhistas.
80 horas? - Temer deixou o
evento sem falar com a imprensa. Em entrevista depois do encontro, Andrade
sugeriu que o Brasil adote iniciativas similares às do governo francês, que, de
forma independente do Parlamento, conseguiu autorizar uma carga horária de até
80 horas semanais e de 12 horas diárias para os trabalhadores. “Um déficit de
R$ 139 bilhões [para 2017]. Acho que foi uma demonstração de responsabilidade
do governo apresentar as dificuldades que têm e o esforço que será feito para
contornar essas dificuldades”, afirmou o presidente da CNI.
País sem futuro - Segundo ele,
ao considerar que, em 2016, o déficit será R$ 170 bilhões, a conclusão é que
haverá, em algumas áreas, crescimento de despesas governamentais. “É claro que
a iniciativa privada está ansiosa para ver medidas duras, difíceis de serem
apresentadas. Por exemplo, a questão da Previdência Social. Tem de haver
mudanças na Previdência Social. Caso contrário, não teremos no Brasil um futuro
promissor”, acrescentou.
Mudanças e ansiedade - Robson Braga
defendeu também a implementação de reformas trabalhistas. Para ele, o
empresariado está “ansioso” para que essas mudanças sejam apresentadas “no
menor tempo possível”. Robson Braga
de Andrade reiterou a posição da CNI, contrária ao aumento de impostos. “Somos
totalmente contra qualquer aumento de imposto. O Brasil tem muito espaço para
reduzir custos e ganhar eficiência para melhorar a máquina pública antes de
pensar em qualquer aumento de carga tributária. Acho que seria ineficaz e
resultaria, neste momento, na redução das receitas, uma vez que as empresas
estão em uma situação muito difícil”, disse ele.
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