Mostrando postagens com marcador Michel Temer. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Michel Temer. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Michel Temer diz ter uma boa relação com Paulo Câmara: 'Me apoiou em todo o período, desde o afastamento de Dilma'


Durante entrevista a Rádio Jornal do Comércio, nesta quarta-feira (29), o presidente Michel Temer (MDB) disse ter uma boa relação com o governador do estado Paulo Câmara (PSB). Por outro lado, o pessebista afirmou que Temer tentou confundir a população pernambucana fazendo tal declaração. 

Na conversa, após fazer elogios a Paulo Câmara, Temer disse ter um longo tempo de estrada na política e, por isso, entende a postura do candidato à reeleição. "Vamos compreender o governador, ele está em campanha eleitoral, me apoiou em todo o período desde a questão do afastamento da ex-presidente (Dilma Rousseff) , você verá que logo depois da eleição, ele se pacifica", garantiu Temer. 

Câmara reafirmou que nunca apoiou o atual presidente da República. Ele disse ainda que é opositor ao "modelo discriminatório e perseguidor" de governar de Temer. "O presidente Temer não tem o nosso apoio e nunca teve em nenhum dos momentos do seu Governo. Pelo contrário: éramos a favor de novas eleições (após o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff). Não aceitamos cargos no governo dele. O PSB não aceitou, a Executiva do partido não aceitou", exaltou Câmara. 

O governador avaliou também como falta de sensibilidade do Governo Federal e do presidente Michel Temer, o desdém, que segundo Câmara, Michel tratou a necessidade de reestruturação dos municípios afetados pela enchente que atingiu a Zona Mata Sul, no primeiro semestre do ano passado.  "Estamos (o estado) fazendo parcerias com os municípios. Não tivemos apoio na reconstrução das casas. Não tivemos apoio com Cartão Reforma para as casas atingidas", registrou. Na entrevista, Temer citou o momento em que veio para Pernambuco por causa das chuvas. 

De acordo com Câmara, a discriminação do Governo Temer com a Região Nordeste foi explicitada, por Paulo, que lembrou que os governadores do Nordeste precisaram se unir para cobrar publicamente. 

Com informações do Diário de Pernambuco

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Contra Temer - “MP não tem pressa”, diz Janot sobre segunda denúncia

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse, hoje, em Washington, que o Ministério Público não tem pressa para apresentar uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer. O mandato de Janot à frente da PGR termina em setembro.

No fim de junho, Janot apresentou uma denúncia contra Temer por corrupção passiva, com base nas delações premiadas de executivos da J&S. Mas há a expectativa no meio político de que o procurador esteja preparando novas acusações.

Durante a palestra, Janot foi questionado por um jornalista sobre querer apresentar uma nova denúncia antes do final do mandato. Ele respondeu que não busca celeridade nas investigações. O procurador afirmou as apurações devem levar o tempo necessário para levantar provas sobre a existência ou não de crime.

"O MP não tem pressa e nem retarda denúncia. Existem investigações em curso e essas investigações, uma está mais adiantada que outra, e se até o dia 15 de setembro, último dia útil do meu mandato, eu obtiver esse quadro definido, eu não posso deixar de fazer isso [apresentar a denúncia], sob pena de prevaricar, de não praticar meu ato de ofício", afirmou o procurador-geral.

Além disso, Janot ressaltou que o Ministério Público não trabalha com a necessidade de "oferecer denúncia", e sim a de "apurar" os fatos. "Nós não temos a necessidade de oferecer uma denúncia, eu tenho a necessidade de apurar. Eu tenho necessidade de apurar e, convencido de que o fato é típico, e convencido da materialidade do crime e definida a autoria, aí sim partiremos para a fase do processo penal", completou Janot.

Indagado sobre como vai se sentir caso a Câmara dos Deputados rejeite a denúncia já apresentada, Janot afirmou que vai aceitar com a "maior naturalidade possível", pois cada poder tem sua função. "Cada um faz o seu trabalho. Eu não vou insistir nessa denúncia porque tecnicamente não tem como insistir. Não autorizou, ela vai ficar suspensa."

Segundo o procurador, se isso acontecer, o que resta é esperar acabar o mandato de Temer para dar continuidade ao processo. "Se a Câmara autoriza, o processo penal segue o seu curso normal. Se a Câmara não autoriza, essa denúncia fica suspensa aguardando o fim do exercício da presidência da República para dar sequência", completou.

sábado, 8 de julho de 2017

Deputados pedem que STF suspenda tramitação de denúncia contra Temer na CCJ

Dois deputados do PDT recorreram nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a suspensão da tramitação da denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. Em função do período de recesso na Corte, a questão será decidida pela presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia.

No mandado de segurança, os deputados Afonso Motta (PDT-RS) e André Figueiredo (PDT-CE) pedem que o STF conceda uma liminar para obrigar o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), a colocar em votação no colegiado os requerimentos que foram feitos por parlamentares da comissão, como a participação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável pela denúncia contra Temer.

Nessa quinta-feira, o presidente da CCJ indeferiu, por meio de uma decisão individual, todos os requerimentos apresentados por deputados para realização de oitivas, entre eles, o convite para a participação de Janot. Desde que o processo chegou à Câmara, na última quinta-feira (29), 22 requerimentos foram apresentados à CCJ solicitando também a oitiva de outras pessoas ligadas às investigações. Parte dos pedidos solicita o comparecimento dos executivos do grupo J&F, Joesley Batista e Ricardo Saud, que firmaram acordo de delação premiada, além dos ex-assessores de Michel Temer, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures.
 
Denúncia - No inquérito, Temer é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ter aproveitado da condição de chefe do Poder Executivo e recebido, por intermédio do seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, “vantagem indevida” de R$ 500 mil. O valor teria sido ofertado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, investigado pela Operação Lava Jato.

A defesa do presidente Michel Temer argumenta que as provas contidas na denúncia não são concretas e que o presidente não cometeu nenhum ilício. Temer fez um pronunciamento em que classificou a denúncia de "peça de ficção" e questionou a atuação de Janot.

De acordo com a Constituição, a denúncia apresentada contra Temer somente poderá ser analisada pelo STF após o voto favorável, em plenário, de 342 deputados, o equivalente a dois terços do número de membros da Câmara. Na CCJ, será votado um parecer a favorável ou não à abertura do processo, mas a decisão final cabe ao plenário da Casa. Saiba quais são os próximos passos da tramitação.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Em meio a um tsunami político - 'Não renunciarei', afirma Temer

O presidente Michel Temer afirmou na tarde desta quinta-feira (18) no Palácio do Planalto que não teme delação e que não renunciará. Ele fez um pronunciamento motivado pela delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. As delações já foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal. Nesta quinta, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente.

"No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo", declarou.

Reportagem publicada no site do jornal "O Globo" nesta quarta (17) informou que Joesley Batista entregou à Procuradoria Geral da República (PGR) gravação de conversa na qual ele e Temer falaram sobre a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato. "Não temo nenhuma delação, nada tenho a esconder", disse Temer. "Nunca autorizei que se utilizasse meu nome", declarou o presidente.

Houve, realmente, o relato de um empresário que, por ter relações com um ex-deputado, auxiliava a família do ex-parlamentar. Não solicitei que isso acontecesse. E somente tive conhecimento desse fato nessa conversa pedida pelo empresário", disse.

Ele afirmou que nunca autorizou que se pagasse a alguém para ficar calado. "Em nenhum momento autorizei que pagasse a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém", declarou.

Temer disse que pediu oficialmente ao Supremo acesso ao conteúdo das delações, mas não conseguiu. "Meu governo viveu nesta semana seu melhor e seu pior momento", disse Temer, em referência a indicadores de inflação, emprego e desempenho da economia e à revelação da delação dos donos da JBS. "Todo o esforço para tirar o país da recessão pode se tornar inútil", afirmou.

Segundo o presidente, "a revelação de conversas gravadas clandestinamente trouxe fantasmas de crise politica de proporção ainda não dimensionada".

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Brasília em chamas - Dono da JBS grava Temer dando aval para compra de silêncio de Cunha

Na tarde de quarta-feira passada, Joesley Batista e o seu irmão Wesley entraram apressados no Supremo Tribunal Federal (STF) e seguiram direto para o gabinete do ministro Edson Fachin. Os donos da JBS, a maior produtora de proteína animal do planeta, estavam acompanhados de mais cinco pessoas, todas da empresa. Foram lá para o ato final de uma bomba atômica que explodirá sobre o país — a delação premiada que fizeram, com poder de destruição igual ou maior que a da Odebrecht. Diante de Fachin, a quem cabe homologar a delação, os sete presentes ao encontro confirmaram: tudo o que contaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril foi por livre e espontânea vontade, sem coação.

Uma delação como jamais foi feita na Lava-Jato: Nela, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".

Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley - O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Joesley relatou também que Guido Mantega era o seu contato com o PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Joesley revelou também que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha  - Após sua prisão, valor referente a um saldo de propina que o peemedebista tinha com ele. Disse ainda que devia R$ 20 milhões pela tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Pela primeira vez na Lava-Jato foram feitas "ações controladas", num total de sete. Ou seja, um meio de obtenção de prova em flagrante, mas em que a ação da polícia é adiada para o momento mais oportuno para a investigação. Significa que os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de abril.

Se a delação da Odebrecht foi negociada... - Durante dez meses e a da OAS se arrasta por mais de um ano, a da JBS foi feita em tempo recorde. No final de março, se iniciaram as conversas. Os depoimentos começaram em abril e na primeira semana de maio já haviam terminado. As tratativas foram feitas pelo diretor jurídico da JBS, Francisco Assis e Silva. Num caso único, aliás, Assis e Silva acabou virando também delator. Nunca antes na história das colaborações um negociador virara delator.

A velocidade supersônica - Para que a PGR tenha topado a delação tem uma explicação cristalina. O que a turma da JBS (Joesley sobretudo) tinha nas mãos era algo nunca visto pelos procuradores: conversas comprometedoras gravadas pelo próprio Joesley com Temer e Aécio — além de todo um histórico de propinas distribuídas a políticos nos últimos dez anos. Em duas oportunidades em março, o dono da JBS conversou com o presidente e com o senador tucano levando um gravador escondido — arma que já se revelara certeira sob o bolso do paletó de Sérgio Machado, delator que inaugurou a leva de áudios comprometedores. Ressalte-se que essas conversas, delicadas em qualquer época, ocorreram no período mais agudo da Lava-Jato. Nem que fosse por medo, é de se perguntar: como alguém ainda tinha coragem de tratar desses assuntos de forma tão descarada?

Para que as conversas não vazassem, a PGR adotou um procedimento incomum. Joesley, por exemplo, entrava na garagem da sede da procuradoria dirigindo o próprio carro e subia para a sala de depoimentos sem ser identificado. Assim como os outros delatores.

Ao mesmo tempo em que delatava no Brasil - A JBS contratou o escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe para tentar um acordo de leniência com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ). Fechá-lo é fundamental para o futuro do grupo dos irmãos Batista. A JBS tem 56 fábricas nos EUA, onde lidera o mercado de suínos, frangos e o de bovinos. Precisa também fazer um IPO (abertura de capital) da JBS Foods na Bolsa de Nova York.

Pelo que foi homologado por Fachin, os sete delatores não serão presos e nem usarão tornozeleiras eletrônicas. Será paga uma multa de R$ 225 milhões para livrá-los das operações Greenfield e Lava-Jato que investigam a JBS há dois anos. Essa conta pode aumentar quando (e se) a leniência com o DoJ for assinada.

Com informações do jornal O Globo e colaboração de Guilherme Amado

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Michel Temer deve vir a Pernambuco no próximo dia 19

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, após sobrevoar Suape com o vice-governador Raul Henry, hoje, informa que há previsão de o presidente Michel Temer vir a Pernambuco, no próximo dia 19, para assinar decreto da devolução da autonomia de Suape ao Estado. 

Segundo o ministro, braço direito do presidente, sua visita a Pernambuco é resultado de demanda do próprio Michel Temer, que não quer que "reste dúvidas" do emprenho do Planalto nessa retomada de Suape. 

A despeito de o PSB, partido do governador Paulo Câmara, ter fechado questão contra as reformas, o ministro considerou que o socialista "já deu declarações positivas" sobre as mesmas. E acrescentou: "Evidentemente, ele tem constrangimento do partido dele. Nosso partido (o PMDB) é muito complicado", comparou, dirigindo-se a Raul Henry. 

Ao contrário de Paulo, o vice-governador tem feito defesa enfática das reformas Trabalhista e da Previdência. Temer viria ao Estado no último dia 27, mas desmarcou a visita, o que deu margem a especulações de que o Planalto estaria dando resposta à posição do PSB.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Temer decide cortar ponto de servidores que entrarem em greve

O presidente Michel Temer decidiu que cortará o salário dos servidores que participarem da greve geral convocada para esta sexta-feira. A decisão foi tomada em reunião com os ministros, na segunda-feira, de onde saiu o anúncio de que os detentores de mandatos seriam exonerados para votar a reforma da Previdência na Câmara. Segundo relatos dos presentes, a ideia ventilada foi reforçada pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e em seguida por Temer, que endossou a decisão. A decisão foi adotada também pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que já afirmou que vai cortar o ponto de funcionários da prefeitura que aderirem à greve na sexta-feira.

A ideia do presidente é manter ao máximo o tom de normalidade no dia da greve. Ele ficará em Brasília e trabalhará normalmente. O governo avalia que a mobilização não sairá das capitais e espera que não seja transmitida a imagem de "grande greve nacional". Haverá um forte esquema de segurança na Esplanada dos Ministérios, que ficará fechada, e que vai incluir revista de bolsas. A segurança ficará a cargo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Em outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou o corte de ponto de servidores que aderissem a paralisações. Há um decreto que permite o corte de ponto de servidores que aderirem a greves, mas isso nunca ocorreu nos governos petistas de Lula e Dilma.

quinta-feira, 9 de março de 2017

19 de março - Lula vem a Paraíba, ver de perto Transposição do Rio São Francisco

A ‘briga’ promete esquentar nos próximos dias, isso porque está marcada para esta sexta-feira, dia 10, a visita do presidente Michel Temer a cidade de Monteiro. Ele verá de perto, ao lado de aliados políticos de toda a região, a chegada das águas do São Francisco ao estado, feito que beneficiará centenas de milhares de paraibanos.

O senador tucano Cássio Cunha Lima deverá liderar a comitiva de paraibanos aliados do presidente Temer, que trará consigo ministros, como, Helder Barbalho (Integração Nacional) e Bruno Araújo (Cidades).  

Enquanto isso, petistas da Paraíba e de estados vizinhos se preparam para receber em Monteiro, no próximo dia 19 de março, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apontado por seus aliados e correligionários como o ‘pai da Transposição’, Lula deverá ser recebido com muita euforia e já em clima eleitoral, já que há poucos dias ele tornou pública a sua vontade de disputar mais uma vez a presidência da república, desta vez na eleição do próximo ano.

A verdade é que o Cariri paraibano tornou-se palco de aparições dos principais atores da cena política nacional, que disputam a paternidade de uma das obras mais importantes da história do Nordeste. 

domingo, 8 de janeiro de 2017

Prefeitos pressionam Temer em disputa por receita do ISS

Associações que representam municípios anunciaram um movimento para derrubar no Congresso o veto imposto pelo presidente Michel Temer a uma mudança feita nas regras para recolhimento de ISS (Imposto Sobre Serviços), uma das maiores fontes de receita das prefeituras.

Projeto aprovado pelo Congresso estipulava que o ISS sobre operações com cartões, leasing e planos de saúde passaria a ser recolhido na cidade em que os serviços fossem prestados, e não mais no município em que fica a sede da operadora do cartão, o banco ou a administração do plano de saúde, como é hoje.

Em 30 de dezembro, Temer sancionou a nova lei, que traz ainda outras mudanças no ISS, mas vetou o artigo de interesse dos prefeitos. Para a CNM (Confederação Nacional dos Municípios) e a APM (Associação Paulista de Municípios), o modelo atual favorece a concentração da arrecadação em cidades maiores.

No estado de São Paulo, por exemplo, cidades da região metropolitana de São Paulo como Osasco, onde fica a sede do Bradesco, e Barueri são as mais beneficiadas.

Temer justificou o veto dizendo que a mudança traria "potencial perda de eficiência e de arrecadação, além de redundar em aumento de custos para empresas do setor". A mudança contrariava interesses das empresas, que em geral procuram instalar suas sedes em locais com ISS baixo e outras compensações. A lei sancionada por Temer fixa alíquota mínima de 2% para o ISS, para tentar reduzir a guerra fiscal entre prefeituras.

Conforme estimativa da CNM, operações de cartões e empresas de leasing recolhem cerca de R$ 5,1 bilhões de ISS por ano em todo o país -valor que seria distribuído entre quase todas as prefeituras se não fosse o veto.

Ainda segundo a entidade, apenas 311 municípios recolhem ISS de operadoras de planos de saúde hoje, número que iria para cerca de 2.500 se a mudança fosse efetivada. Entidades das empresas -Abecs (cartões), Febraban (bancos) e Abramge (planos de saúde)- afirmaram não ter levantamento de quanto esses setores pagam de ISS.

"Precisamos descentralizar. Barueri tem em torno de 250 mil habitantes e arrecada mais ISS que Porto Alegre, que tem 1,5 milhão, porque lá é um paraíso", disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, que é filiado ao PMDB. "O veto do presidente foi para beneficiar os paraísos fiscais. Essa é a posição repugnante que o governo tomou, e depois quer falar em reforma tributária", afirmou.

O presidente da APM, Carlos Cruz, declarou que os prefeitos "vão para a guerra". "Nós fizemos um lobby intenso, de mais de seis meses. A lei foi aprovada por 63 votos a 3 no Senado. Nós festejamos, e agora vem o veto. Vamos para o Congresso para derrubar esse veto", disse.

domingo, 28 de agosto de 2016

Temer prepara mudanças em vitrines sociais do PT

Passado o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e confirmado o seu afastamento definitivo, o presidente em exercício Michel Temer prepara uma revisão na área social, com mudanças em programas petistas, a retomada da reforma agrária e a implementação de iniciativas de impacto eleitoral. O objetivo do novo governo é desconstruir o discurso de que a gestão peemedebista representaria um retrocesso, além de se aproximar das camadas mais pobres, que formaram a principal base de apoio às gestões Dilma e Luiz Inácio Lula da Silva.

A proposta é “repaginar” pelo menos cinco programas considerados bandeiras do PT – Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Ciência sem Fronteiras, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e Transposição do São Francisco – e lançar outros dois – um destinado a atender crianças da primeira infância e outro de reforma de casas populares, com recursos federais.

Após as eleições municipais, Temer deve lançar um plano de inclusão produtiva, que pretende dar uma nova cara ao Bolsa Família. Depois de anunciar um reajuste de 12,5% no valor do benefício, o Planalto quer combater a informalidade no mercado de trabalho verificada entre os atendidos pelo programa – cerca de 14 milhões de famílias. A ideia é estimular que tenham carteira de trabalho assinada, garantindo o recebimento do benefício por um a dois anos mesmo depois de empregados.

O governo estuda ainda organizar pequenas incubadoras de startups para jovens beneficiados e parcerias com gigantes do setor de informática a fim de estimular o empreendedorismo. Prefeitos cujos municípios registrem a maior proporção de famílias emancipadas receberão diploma das mãos de Temer, fortalecendo o discurso de combate à pobreza, e serão premiados – o valor deve ficar entre R$ 100 mil e R$ 3 milhões, segundo Terra.

O roteiro para os primeiros meses do governo efetivo de Temer inclui o lançamento do Criança Feliz, projeto que prevê o acompanhamento de crianças de até 3 anos que são filhas de beneficiários do Bolsa Família.

O Estado apurou que Temer deverá anunciar no próximo mês uma nova política de reforma agrária, conferindo aos beneficiados o título de domínio da propriedade e retirando de movimentos sociais, como o MST, o papel de selecionar as famílias. O Planalto também pretende corrigir distorções apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou até casos de servidores públicos beneficiados com a distribuição de terras.

No dia 9 deste mês, Temer lançou um programa de revitalização de R$ 1,2 bilhão da Bacia do Rio São Francisco intitulado “Novo Chico”, que inclui recuperação de áreas, controle de processos erosivos e a implementação de técnicas de irrigação mais modernas. A transposição e a recuperação do rio foram uma das principais bandeiras da campanha à reeleição de Dilma, impulsionando seu desempenho no Nordeste – depois de muitos atrasos, a obra só deverá ficar pronta em 2017.

Educação -  Outra marca de Dilma que será alterada é o Pronatec, que deverá oferecer cursos mais voltados para a realidade de cada município. Até aqui uma das mudanças mais drásticas implementadas pelo governo Temer se deu no Ciência sem Fronteiras, considerado um dos “xodós” da petista.

O programa será reformulado, com o fim das bolsas para graduação, e dará prioridade a jovens pobres do ensino médio matriculados em escolas públicas. “Eles estão destruindo esses programas e reduzindo recursos para a educação”, criticou o ex-ministro Miguel Rossetto, um dos auxiliares mais próximos de Dilma.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

E agora? - CNI defende carga de 80 horas semanais para trabalhador brasileiro

Robson Braga de Andrade - Presidente da CNI
Papo longo - Após mais de duas horas de reunião com o presidente interino Michel Temer e com cerca de 100 empresários do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse hoje (8) que, para o governo melhorar a situação do déficit fiscal, serão necessárias “mudanças duras” tanto na Previdência Social quanto nas leis trabalhistas.

80 horas? - Temer deixou o evento sem falar com a imprensa. Em entrevista depois do encontro, Andrade sugeriu que o Brasil adote iniciativas similares às do governo francês, que, de forma independente do Parlamento, conseguiu autorizar uma carga horária de até 80 horas semanais e de 12 horas diárias para os trabalhadores. “Um déficit de R$ 139 bilhões [para 2017]. Acho que foi uma demonstração de responsabilidade do governo apresentar as dificuldades que têm e o esforço que será feito para contornar essas dificuldades”, afirmou o presidente da CNI.

País sem futuro - Segundo ele, ao considerar que, em 2016, o déficit será R$ 170 bilhões, a conclusão é que haverá, em algumas áreas, crescimento de despesas governamentais. “É claro que a iniciativa privada está ansiosa para ver medidas duras, difíceis de serem apresentadas. Por exemplo, a questão da Previdência Social. Tem de haver mudanças na Previdência Social. Caso contrário, não teremos no Brasil um futuro promissor”, acrescentou.

Mudanças e ansiedade - Robson Braga defendeu também a implementação de reformas trabalhistas. Para ele, o empresariado está “ansioso” para que essas mudanças sejam apresentadas “no menor tempo possível”. Robson Braga de Andrade reiterou a posição da CNI, contrária ao aumento de impostos. “Somos totalmente contra qualquer aumento de imposto. O Brasil tem muito espaço para reduzir custos e ganhar eficiência para melhorar a máquina pública antes de pensar em qualquer aumento de carga tributária. Acho que seria ineficaz e resultaria, neste momento, na redução das receitas, uma vez que as empresas estão em uma situação muito difícil”, disse ele.