O presidente
Michel Temer decidiu que cortará o salário dos servidores que participarem da
greve geral convocada para esta sexta-feira. A decisão foi tomada em reunião
com os ministros, na segunda-feira, de onde saiu o anúncio de que os detentores
de mandatos seriam exonerados para votar a reforma da Previdência na Câmara.
Segundo relatos dos presentes, a ideia ventilada foi reforçada pelo ministro do
Planejamento, Dyogo Oliveira, e em seguida por Temer, que endossou a decisão. A
decisão foi adotada também pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que
já afirmou que vai cortar o ponto de funcionários da prefeitura que aderirem à
greve na sexta-feira.
A ideia do
presidente é manter ao máximo o tom de normalidade no dia da greve. Ele ficará
em Brasília e trabalhará normalmente. O governo avalia que a mobilização não
sairá das capitais e espera que não seja transmitida a imagem de "grande
greve nacional". Haverá um forte esquema de segurança na Esplanada dos
Ministérios, que ficará fechada, e que vai incluir revista de bolsas. A segurança
ficará a cargo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Em outubro do
ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou o corte de ponto de
servidores que aderissem a paralisações. Há um decreto que permite o corte de
ponto de servidores que aderirem a greves, mas isso nunca ocorreu nos governos
petistas de Lula e Dilma.
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