O presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, nesta segunda-feira, que vai
manter o cronograma do processo do impeachment na Casa. O presidente interino
da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou hoje a votação do
processo de impeachment na Câmara, por considerar, a partir da petição da
AGU, que ocorreram "alguns vícios que tornaram nula de pleno direito a
sessão" que aprovou o afastamento da presidente. A decisão anunciada por
Renan foi tomada após reunião com os líderes dos partidos no Senado.
“Essa decisão
do presidente da Câmara agora é, portanto, absolutamente intempestiva. Aceitar
essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido o
atraso do processo. E não cabe, ao fim e ao cabo, ao presidente do Senado dizer
se o processo é justo ou injusto, mas ao plenário do senado, ao conjunto dos
senadores, foi essa a decisão do STF”, disse Renan.
Renan disse
que seguirá fielmente a Constituição e os acórdãos do Supremo Tribunal Federal
(STF) e ainda o precedente de 1992, do processo de impeachment do ex-presidente
Fernando Collor. Ele lembrou que, em 1992, o Senado foi informado da decisão
pela Câmara dos Deputados.
“A comunicação
é etapa posterior ao ato já concluído. Não poderia a formalidade tornar nulo o
ato prévio. Se aceitássemos tal argumento, que a autorização da Câmara deveria
ter sido veiculada por meio de Resolução e não de ofício. A Lei do Impeachment
de 1950 é por si só um fator de desestabilização política. Todos os
presidentes, de lá para cá, sofreram pedidos de impeachment feitos por qualquer
cidadão. Um pedido com tal consequência, que pode ser articulado por qualquer
cidadão, é porta aberta para crises, impasses e turbulência, ao estalar de
dedos da autoridade de plantão”, disse Renan.
Logo após o anúncio, o presidente do Senado suspendeu a sessão por dois minutos, porque senadores do PT e aliados da presidente Dilma Rousseff começaram a gritar.
Com informações do Estadão
Logo após o anúncio, o presidente do Senado suspendeu a sessão por dois minutos, porque senadores do PT e aliados da presidente Dilma Rousseff começaram a gritar.
Com informações do Estadão
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