sexta-feira, 19 de agosto de 2016

‘Num vô nem lá’ - Paula Câmara não dará apoio em palanques divididos

Com o início da corrida eleitoral, o governador Paulo Câmara (PSB) recebeu solicitações de diversos candidatos e deverá dedicar o seu sábado (20) para gravar mensagens de apoio aos aliados, que serão vinculadas nos guias eleitorais e até carros de som. Mas, apesar da sua disposição, o socialista adiantou que continuará a evitar fazer gravações para os postulantes que estejam em palanques divididos. A iniciativa poderá atingir cidades como Olinda, onde Antônio Campos (PSB), irmão do ex-governador Eduardo Campos, disputa o pleito contra Ricardo Costa (PMDB), Isabel Urquiza (PSDB), Luciana Santos (PCdoB) e João Luiz (PPS), ambos da base de Paulo.

“Vou dedicar o fim de semana justamente para fazer essa agenda. No sábado, eu vou sentar, ver os municípios e as demandas pedindo para gravar para carro de som e essas coisas. Tem muitos pedidos (de aliados)”, afirmou Câmara, na quinta-feira (18).

Na última segunda-feira (15), Paulo compareceu ao ato do candidato à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, Heraldo Selva (PSB), poucos dias após a ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, declarar que “não existe neutralidade na política”. “A casa do meu pai sempre teve lado”, disse a ministra, na ocasião. A declaração foi vista como um recado pela ausência do governador e da família Campos nos atos de campanha do seu filho, Antônio Campos, que inaugurou, na quinta-feira, o seu comitê de campanha no bairro de Rio Doce, em Olinda, ao lado de candidatos a vereador do município e militantes.

No evento, ao ser questionado sobre a ausência de Paulo Câmara e outras lideranças estaduais do PSB, Antônio Campos se limitou a dizer que sua aliança prioritária se dará com “o povo de Olinda”. “Eu vou gravar com várias lideranças e com o povo de Olinda. Minha preocupação é dialogar com o eleitor de Olinda, pois ele é quem elege o prefeito da cidade (...). O povo de Pernambuco, que conhece a história de Arraes e Eduardo, está percebendo claramente a questão que está havendo em Pernambuco”, justificou.

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