sexta-feira, 5 de abril de 2019

Bolsonaro sugere saída de Ricardo Vélez Rodriguez do MEC

O presidente Jair Bolsonaro praticamente deu como certa a saída de Ricardo Vélez Rodriguez do comando do Ministério da Educação. A informação foi dada pelo próprio Bolsonaro durante café da manhã com diretores de redação de jornais impressos na manhã desta sexta-feira (5), no Palácio do Planalto. "Está bastante claro que não está dando certo [Vélez]. Falta gestão. É uma pessoa bacana e honesta. Na segunda-feira a gente tira a aliança da mão direita. Ou vai para a esquerda, ou para a gaveta", disse Bolsonaro. 

Vélez protagonizou algumas polêmicas à frente da pasta, que vive uma onda de exonerações e mal-estar. Ele já orientou que diretores de escolas públicas lessem para alunos uma carta que termina com o slogan do governo. 

Também já declarou que universidades para todos não existe e que essas instituições devem ficar restritas a uma "elite intelectual". A última polêmica foi a declaração sobre a mudança nos livros didáticos sobre a ditadura militar.

O presidente Bolsonaro não quis cravar a demissão do ministro, mas disse que sua decisão sobre a presença de Vélez na pasta está tomada e será conhecida na segunda-feira. 

O café da manhã teve a presença de alguns ministros do núcleo duro do governo: Onyz Lorenzoni (Casa Civil), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Sergio Moro (Justiça e Segurança Publica) e do porta-voz da Presidência, general Rêgo Barros.

Café da manhã - O encontro reuniu jornalistas de vários jornais impressos do País e também de redes de TV; a Folha de Pernambuco, representada pela editora-chefe Leusa Santos; Folha de S. Paulo, Estado de Minas, A Crítica, Correio da Bahia, Zero Hora, Globo News e Record. Ao fazer um breve comentário sobre os primeiros 100 dias de governo, Bolsonaro disse que o Brasil precisa chegar ao porto seguro e que as ações convergem para ajudar o País. 

Previdência - Ponto de maior preocupação do Planalto e motivo de vários embates entre Congresso e Governo, a reforma da Previdência foi outro assunto explorado na reunião. Bolsonaro disse que tem conversado com a 'elite' e o 'baixo clero' no Congresso, mas não quis comentar a quantas anda a adesão de parlamentares ao texto e quantos já indicariam voto favorável à proposta. 

Sobre o regime de capitalização, proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente explicou que ficará para o segundo turno e que a prioridade agora é votar tempo de serviço/contribuição e idade mínima. O ministro Sergio Moro completou afirmando que o governo fez uma proposta necessária e em pouco tempo. 

As articulações para a aprovação da proposta ainda não estão no ritmo que o governo espera, mas Bolsonaro reiterou que devem melhorar a partir da semana que vem. 

O assunto trouxe também à tona a polêmica que gira em torno da prática do 'toma lá dá cá'. O governo vem se colocando contrário a essa tendência e lembrou de momentos na época em que integrava o baixo clero. "Quantas vezes lá nas discussões um líder dizia 'traga a lista da fidelidade'", recordou.

Com informações da Folha de Pernambuco

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