A polêmica com
o deputado federal Victório Galli (PSC-MT) começou na semana passada, quando
ele compartilhou, em sua página do Facebook, uma ilustração em que Jesus
aparece “protegendo” uma criança do Mickey. Alguns dias depois, o deputado
explicou seu posicionamento sobre a Disney durante uma entrevista.
“Em relação a
essa situação do Mickey e da Disney, a gente vê que em todas as suas atuações,
eles fazem apologia ao homossexualismo. Inclusive o Mickey, se você fizer um
estudo profundo como eu já fiz, ele é homossexual. As pessoas estão enganadas
com essa mensagem subliminar que a Disney está passando para a sociedade,
principalmente às nossas crianças”, disse ele ao jornalista Paulo Coelho, da
rádio Capital, de Cuiabá, capital do Mato Grosso.
O jornalista
então perguntou como o Mickey poderia ser homossexual se namora com a Minnie.
“Isso é o que eles fazem para enganar as pessoas. O objetivo é destruir
famílias”, disse. E continuou: “O próprio nome dele em relação aos exemplos que
fazem, as cores, assim por diante, você vê uma mensagem subliminar que ele está
fazendo uma apologia e apoiando a questão gay.”
O repórter
insiste, pedindo exemplos mais claros de que o Mickey seria gay. “Eu não tenho
aqui em mãos, como passar os pontos nesse sentido. Mas a mensagem, a forma como
se coloca, de transmitir a linguagem para nossas crianças, tudo leva nesse
sentido”, explicou o deputado.
Mas, segundo
Galli, o Mickey não é o único personagem “gay” da Disney: “Infelizmente outro
filme em que os personagens transmitem mensagem em relação ao homossexualismo é
aquele desenho animado do leão, o Rei Leão. Na realidade é outra mensagem que
transmite a apologia ao ‘gayismo’. É na questão que o rei leão deveria ser um
animal feroz, de transmitir respeito aos outros animais, ele se torna um
animalzinho frágil, que carece de proteção dos outros”, citou.
Na última
sexta-feira, 10, após a polêmica, o deputado postou em sua página do Facebook
uma nota de esclarecimento, em que diz que suas críticas foram baseadas num
beijo gay exibido recentemente num desenho da produtora, e no casal homossexual
do “live-action” de “A Bela e a Fera”, que estreia nos cinemas brasileiros
nesta quinta-feira, 16.
“Está claro
que aderiram a agenda da militância marxista mundial. Isso faz parte de uma
engenharia social que busca acabar com os valores cristãos e, estou tratando
deste assunto há muito tempo. Fiz uma ironia quanto ao “vovô” Mickey Mouse (o
símbolo máximo da Disney) e sabíamos que eu seria perseguido por conta dessa
declaração. Se não fosse assim, não teríamos condições de chamar a atenção de
papais, mamães, vovôs e vovós para o tema ‘Engenharia Social’, disse na nota.
Nos comentários
de suas publicações recentes, o deputado ressalta que não tem “nada contra
gays, apenas contra o ativismo LGBT” e que sempre vai “alertar quando o alvo
forem crianças”, defendendo aquilo no que acredita.
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