Os diretores da Samarco, empresa
responsável pela barragem que se rompeu em Mariana, na região central de Minas
Gerais, poderão responder por 19 homicídios. Três meses após a tragédia, 17
corpos foram encontrados. Outros dois continuam desaparecidos.
Segundo o delegado Rodrigo
Bustamante, responsável pela operação que apreendeu documentos nesta
sexta-feira (5) nas sedes da mineradora, o inquérito deve apontar se os
crimes foram dolosos, quando há intenção de matar, ou culposos.
— Os laudos de necrópsia foram
anexados aos autos. O crime de homicídio ocorreu. Se foi na modalidade culposa
ou dolosa, ao final apresentaremos.
O policial informou que a
Samarco, controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton, vai
responder por crimes ambientais.
Pela manhã, a polícia apreendeu
e-mails e chats corporativos que vão ser usados como provas no inquérito, que
investiga as responsabilidades da maior tragédia ambiental do País. Com metais
pesados, a lama contaminou cerca de 650 quilômetros de rios, chegando à foz do
Rio Doce, em Regência, no Espírito Santo.
Até o momento, mais de 80 pessoas foram ouvidas
no inquérito que tem quase 1.500 páginas. Todo o material apreendido vai para o
Instituto de Criminalística da Polícia Civil. O objetivo é tentar recuperar
provas que possam ter sido apagadas. No total, 12 peritos trabalham no caso.
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