A Agência de
Regulação de Pernambuco (Arpe) anunciou, nesta sexta-feira (19), o reajuste de
10,69% na conta de água. O percentual é referente à reposição da inflação,
considerando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Geral de
Preços ao Mercado (IGPM) dos últimos 12 meses.
Além de possibilitar que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) recupere perdas inflacionárias de 2016, o reajuste vai permitir que a companhia continue investindo em obras e na melhoria da prestação de serviço em todo o estado. Para 2016, a previsão de investimentos é de R$ 800 milhões, quase o dobro do que foi investido em 2015, que fechou com R$ 489 milhões.
A variação da
inflação no período encareceu os principais insumos que são à base das
operações da Compesa. Só em 2015, o custo de energia da empresa foi de R$ 45
milhões a mais por conta do aumento sofrido pela conta de energia, muito acima
do que havia sido planejado pela companhia. No geral, as despesas em 2015
tiveram um acréscimo de 16% em relação ao ano anterior e a energia subiu cerca
de 30%.
Outro fator
que elevou as despesas foi a crise hídrica, que já está em seu quinto ano
consecutivo. Com várias cidades em colapso e pré-colapso de abastecimento, a
Compesa precisou investir em obras e outras soluções emergenciais para não
deixar a população sem água. “Das 172 cidades atendidas pela Compesa, todas
estão recebendo água, ainda que não seja pela rede de distribuição. O estresse
hídrico é maior no Agreste, onde continuamos atendendo a população, mesmo com
Jucazinho acumulando menos de 2% da sua capacidade. Essas medidas alternativas
de abastecimento aumentam os custos da empresa”, explicou o presidente da
Compesa, Roberto Tavares.
Com o reajuste
dado pela Arpe, a tarifa de água residencial normal subirá R$ 3,59 por mês,
custando R$ 37,24 o valor de 10 mil litros de água. Já para a tarifa social, o
aumento será de R$ 0,76, totalizando R$ 7,96 para esse mesmo volume de água por
mês. Em Pernambuco, 95% da carteira da Compesa é de clientes residenciais e mais
de 60% deles consomem igual ou menos que 10 mil litros mensais.
O percentual
entrará em vigor 30 dias após a publicação, ou seja, em 19 de março de 2016. A
diferença de valor nas faturas, no entanto, será paga a partir de abril até
maio, a depender da data da leitura do hidrômetro e do vencimento da conta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário