segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Foi destaque no Opinião - Temendo prejuízo eleitoral com a derrocada do PT, Fernando Aragão desiste de ir para a legenda e opta pelo PTB

O vereador e pré-candidato a prefeito Fernando Aragão, que já estava de malas prontas para entrar no PT, deu meia-volta e decidiu filiar-se ao PTB, partido do ministro Armando Monteiro Neto, e que tem o vereador Helinho Aragão na direção da legenda em Santa Cruz do Capibaribe.

O medo - Segundo uma informação que circulou entre membros da oposição durante a semana passada, o que fez Fernando Aragão desistir de ir para o PT foi o temor de ter sua candidatura contaminada pela degradação que atinge o partido em todo o país, por conta de inúmeras denúncias de corrupção. Isso teria sido demonstrado, inclusive, por uma pesquisa encomendada pelo próprio vereador.

Optando pelo PTB, além de evitar ficar na defensiva durante toda a campanha a prefeito do ano que vem, Fernando terá como bônus um maior envolvimento com a sua campanha, tanto da parte de Armando Monteiro, como da parte de Zé Augusto Maia, principal aliado do ministro em Santa Cruz.

Prego batido... - A decisão de Fernando Aragão foi selada na última selada na última sexta-feira, em reunião com o próprio Armando Monteiro, da qual participaram Zé Augusto Maia, Galego de Mourinha e Ricardo Teobaldo.

...Ponta virada? - No encontro, foi ratificado o acordo que envolve as eleições de 2016 e 2018, que terá Zé Augusto como candidato a deputado estadual, cabendo também a ele a indicação do deputado federal a ser apoiado pelo grupo Taboquinha.

O quadro nacional - Em todo o país a legenda agora descartada por Fernando vive uma situação delicada. Esta semana, na tentativa de conter uma debandada estimada em dez deputados e três senadores, o PT escalou o ex-presidente Lula para tentar impedir o que já se dava como praticamente certo.

Segundo integrantes da direção petista, Lula vai dividir com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a tarefa de convencer os descontentes a permanecerem na legenda. Além disso, o partido deve antecipar as discussões sobre as eleições municipais de 2016. A sigla tem hoje 63 deputados e 13 senadores.

As consequências - Os efeitos da crise sobre o partido nas eleições do ano que vem e a ameaça de debandada chegaram a ser tratados na reunião do Conselho Consultivo da presidência do PT, na segunda-feira, com a presença de Lula. A preocupação aumentou posteriormente, com o anúncio do deputado Alessandro Moro (RJ), ex-vice-líder do PT na Câmara, de trocar a legenda pela Rede, da ex-senadora Marina Silva.

Segundo um auxiliar de Lula, que participou da reunião do Conselho Consultivo, na segunda-feira, o ex-presidente afirmou que o ‘o PT pode perder tudo, mas, se reeleger Fernando Haddad em São Paulo, terá ganho a eleição’.

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