Uma das maiores dificuldades que se apresentam hoje para a candidatura a prefeito do vereador Fernando Aragão (sem partido) consiste na montagem de uma coligação partidária que possibilite um tempo adequado no Guia Eleitoral em 2016.
Por enquanto, só estão assegurados os apoios dos partidos PT, PTB, PSC e PTN, este último garantido pelo fato do deputado federal Ricardo Teobaldo, de saída do PTB, estar assumido a direção da sigla em Pernambuco, a pedido do ministro Armando Monteiro (PTB).
Até mesmo o PSL, que hoje tem em seus quadros os vereadores Ernesto Maia e Carlinhos da Cohab, não oferece garantias de que a sigla estará no campo da oposição no próximo ano, o que tem feito com que Carlinhos busque abrigo em um outro partido, que ele prefere não dizer qual.
Um aumento significativo no número das siglas partidárias em torno da candidatura de Fernando Aragão é difícil, já que a grande maioria dos partidos em Pernambuco apoia o governo de Paulo Câmara (PSB), aliado local de Edson Vieira, como resultado da enorme coligação situacionista formada na disputa para o governo estadual em 2014.
O tempo no Guia Eleitoral é definido de acordo com a quantidade de siglas representadas nas respectivas coligações, levando-se em conta o número de deputados de cada uma delas com assento na Câmara Federal.
As eleições realizadas a partir de 2016 terão como marca a volta dos candidatos nanicos "padrão Enéas", com cerca de 15 segundos para pedir votos no horário eleitoral. A mudança se deve a uma reforma na legislação que trata da divisão do tempo de propaganda, e que só não valeu já em 2014 por ter sido feita no final de 2013, menos de um ano antes das eleições.
Com as regras agora introduzidas, apenas 11% do tempo será dividido igualmente entre os candidatos, em vez de 33%, como antes. Os outros 89% serão rateados proporcionalmente ao número de deputados eleitos para a Câmara.
Graças às novas regras e também ao melhor desempenho na urnas, o PSDB é o que mais ganhará. Na eleição municipal, a cota de sua bancada passará de pouco menos de 2 minutos para quase 3, em cada bloco de 30 minutos - um avanço de 52 segundos.
Já o PT, provável futuro partido do vereador Fernando Aragão, que encolheu em número de deputados, terá apenas 17 segundos a mais. Como continuará sendo o detentor da maior bancada, porém, terá também o maior tempo: 3 minutos e 39 segundos.
Em contato com o editor do programa Opinião nesta segunda-feira (21) Fernando Aragão confirmou que deverá ir realmente para o PT, descartando a opção por uma outra agremiação. Na próxima sexta-feira (25) o vereador deverá encontrar-se com o senador Humberto Costa (PT) para tratar do assunto.
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