domingo, 19 de fevereiro de 2017

Música 100% santa-cruzense - Um ano e meio depois, Beth Morfina lança seu segundo disco

Muita coisa mudou desde o já distante 09 de agosto de 2015, quando a banda Beth Morfina, de Santa Cruz do Capibaribe, localizado no estado de Pernambuco, distante 190 km da capital Recife, disponibilizou pela primeira ao público a música ‘Tudo meu’, do primeiro EP ‘Nada Além’.

Desde então, a banda formada por Alex Felipe (Vocal), Marcos Malta (baixo), Daniel Alves (guitarra, violão e voz), Israel Simões (Guitarra) e Maicon Torres (Bateria), já lançou o EP e vem fazendo uma série de shows pela cidade e está lançando agora seu segundo trabalho: ‘In Coma’, com sete músicas, que de acordo com Marcos Malta, é um trabalho mais amadurecido. “Esse CD foi mais pensado, ensaiado, trabalhado e mais demorado. Preferimos dessa forma justamente para levar ao público o resultado só quando realmente estivesse pronto”.

Para Alex Felipe, que participou da composição de cinco faixas do novo trabalho, o disco já vem sendo repercutido pelo público. “A resposta tem sido positiva, muitos comentam com a gente sobre o que achou, mostrando as favoritas e também falando sobre o que menos gostou, esse retorno é muito importante”.

Durante o processo de composição e gravação, a Beth Morfina testou algumas canções durante seus shows. Esse processo, ainda pouco comum, foi importante para perceber em quais momentos o público está mais entrosado com o grupo. “A música ‘Não existe herói’, que no disco é acústica, nos shows tocamos ela de forma elétrica, e tem sido uma das que a galera mais está curtindo, pois ela é executada com bastante energia”. Ressalta Alex.

O novo trabalho da Beth Morfina relembra em alguns momentos a sonoridade do primeiro disco, mas a inserção dos violões, participações de músicos da região e a experiência do produtor Marcos Mota serviram para a banda se permitir a atuar em novos campos. “Nas versões que criamos para esse disco convidamos Jonatas Andrade (Hellnegade) e a banda Calibre 765, pessoas que estão na cena e que são nossos amigos, por isso o convite” aponta o vocalista.

INFLUÊNCIA E HOMENAGENS: Nessa mesma canção, existe uma citação da música ‘Violência’, gravada em 1987 pelos Titãs, feita pelo Sérgio Britto e Charles Gavin. Além disso, o grupo mais uma vez reverenciou os mestres Velho Nau e Alberto Grilo, agora na música ‘Eu quero um Carro’ – No primeiro EP a banda gravou ‘Caverna Metralhada’. Por fim, a Beth regravou ‘Fórceps’ e ‘Prenúncio do Fim’, da Projétil Lisérgico. “A resposta de todos em relação a essa homenagem no primeiro disco foi bastante satisfatória, aí pensamos em trazer esse barato também para o novo disco, lembrando agora da Projétil. Não se trata de saudosismo, são músicas de caras legais que resolvemos tirar do armário e resolver tocar”, ressalta Marcos.

FORMAÇÃO: Desde o lançamento do ‘EP Nada Além’ algumas coisas mudaram, alguns integrantes saíram e ficaram apenas seus dois membros fundadores, Alex Felipe (Vocal) e Marcos Malta (baixo). Hoje, a banda conta com Daniel Alves (guitarra, violão e voz), que participou das gravações do primeiro disco, Israel Simões (Guitarra) e Maicon Torres (Bateria). Para Marcos Malta, o disco é um resultado do agrupamento entre os novos e antigos integrantes. ”O ‘Nada Além’ tem muito a cara da primeira formação, já o ‘In Coma’ nos fez sair um pouco da fórmula, mas sem perder a essência e o equilíbrio”, afirma.

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