Oferendas para
entidades da umbanda foram colocadas nesta quarta-feira (6) no gramado em
frente ao Congresso Nacional, em Brasília. As ofertas foram deixadas
no local de maneira anônima, sem identificação de autoria ou algum
texto escrito próximo aos objetos. Por volta do meio-dia, os objetos tinham
sido retirados do local.
Os pratos das
oferendas eram compostos de pétalas, pimentas, cascas de laranja, charutos
e um pedaço de carne. Ao lado, o autor da oferta também colocou uma garrafa de
vinho e outra com uma bebida amarelada, semelhante a cachaça. Copos com os
mesmos líquidos também foram "servidos" ao lado dos pratos.
O presidente
da Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno, Rafael Moreira,
afirmou ao G1 que asimagens mostram elementos típicos das oferendas a Exu
e à Pomba Gira, entidades tradicionais das religiões de matriz africana. Os
sete charutos em um dos pratos fazem referência a Exu, e as sete rosas no
outro, à Pomba Gira.
"Quando
se tem a pimenta, geralmente não seria por uma boa causa [de agradecimento].
Poderia ser um pedido de ajuda, de transparência, pedindo mobilidade para que o
Congresso, juntamente com a sociedade civil, pudesse ter mais
identificação com a sociedade. Também tem sentido de abrir os caminhos dos
parlamentares que estão lá dentro", diz Moreira.
O presidente
explica que esse tipo de realização é típico da umbanda, e não do candomblé. Na
tradição religiosa, Exu e Pomba Gira trabalham sempre juntos. "Dentro da
visão africana, Exu é o senhor da comunicação, do movimento, é ele que resolve
vários problemas", explica.
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