O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
secretário-executivo do Ministério da Fazenda Dyogo Oliveira e o ex-ministro
Gilberto Carvalho serão ouvidos pela Justiça Federal de Brasília como
testemunha do lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS, um dos presos na
Operação Zelotes.
APS é acusado de envolvimento na venda de medidas
provisórias em benefício do setor automotivo. A operação da PF também investiga
um esquema de pagamento de propina a integrantes do Carf (Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado ao Ministério da Fazenda,
responsável por julgar recursos a multas aplicadas pela Receita Federal.
Um dos alvos da Zelotes é o empresário
Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. Uma de suas
empresas, a LFT Marketing Esportivo,recebeu
R$ 2,5 milhões de outro lobista suspeito de participação no esquema.
O depoimento de Lula, solicitado pela defesa de APS e
autorizado pelo juiz Vallisney Oliveira, 10ª Vara Federal, em Brasília, foi
marcado para o próximo dia 25.
ESTRATÉGIA - A
inclusão do nome do ex-presidente Lula faz parte da estratégia da defesa em
ouvir o maior número possível de personagens envolvidos na suposta compra de
medidas provisórias durante o governo do petista. Advogado de APS, Marcelo Leal adiantou que vai
recorrer da decisão que vetou parte dos depoimentos pedidos pela defesa. Segundo
Leal, ele tem direito a apresentar oito testemunhas para cada fato relatado na
denúncia. "É absurdo meu cliente ser apontado como participante de uma
série de fatos e eu não poder requerer depoimentos de todos os demais
envolvidos", criticou o advogado.
Com informações da Folha.com
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