Há exatamente
um ano, no dia 3 de janeiro de 2015, foi realizada a primeira reunião do Pacto
pela Vida (PPV) sob a batuta do então recém-empossado governador de Pernambuco,
Paulo Câmara. O encontro em pleno sábado, e dois dias após a posse, foi um
sinal inequívoco de que havia pressa em retomar as rédeas da política de
segurança pública, após um aumento de 9,5% dos homicídios em 2014. Doze meses
depois, o governo não só não conseguiu reverter os índices, como viu um aumento
significativo no número de assassinatos. Em números absolutos, até o dia 25 de
dezembro do ano passado, a Secretaria de Defesa Social (SDS) contabilizava
3.804 homicídios em 2015. Um número bem maior que as 3.435 mortes registradas
durante todo o ano de 2014, que por sua vez já representaram um baque na
comparação com 2013, o melhor ano do PPV, quando foram 3.102 assassinatos.
O desafio para
o ano que começa não é pequeno: reverter uma curva ascendente estimada em 13%
no número de mortes violentas somente de 2014 para 2015. “Pernambuco era um
ponto fora da curva na questão da segurança, e voltou a ser um ponto igual a
todos. Nosso esforço vai ser incansável no sentido de voltar a fazer com que o
Estado seja um ponto fora da curva”, disse Paulo Câmara, em entrevista
concedida ao JC no final do ano passado.
Para tirar
Pernambuco da curva, a máquina terá que moer no ritmo em que moía em 2013, com
o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco crescendo 2,9% e com a onipresença
do então governador Eduardo Campos à frente do governo. O cenário hoje é
diferente: o Estado teve uma queda de 2,5% no PIB em 2015 e fechou o ano com 70
mil desempregados. “A crise econômica tem reflexos na criminalidade, e é por
isso que nosso trabalho tem que ser ainda mais eficaz”, comenta o secretário de
Defesa Social, Alessandro Carvalho.
A outra parte
de mais um ano ruim na segurança do Estado foi colocada pelos gestores na conta
da movimentação sindical de agentes, escrivães e delegados da Polícia Civil.
Eles protagonizaram uma operação padrão que começou em julho e só foi
contornada no início de dezembro de 2015, quando houve acordo entre as partes.
“Ocorreu uma redução na oferta de serviços de segurança à população e isso teve
reflexos nos índices de criminalidade”, diz Carvalho.
Para 2016, o
governo aposta em ações de inteligência policial e na troca de postos de
comando nas polícias Civil e Militar para retomar a redução da criminalidade.
“Temos informações sobre a dinâmica dos crimes. As mudanças em diretorias das
corporações são normais e vão ajudar a oxigenar a máquina”.
Retomar o caminho da redução de homicídios é evitar dores como a do agricultor Josenildo Lima de Assis, cujo irmão de apenas 15 anos, entrou para as estatísticas de mortes violentas no Estado em 2015. Colhido pelo turbilhão em que se misturam vulnerabilidade social e uso de drogas, o jovem foi assassinado em Belo Jardim, no Agreste, na noite do último domingo, 27 de dezembro. Não se sabe a autoria do crime. Ele era o caçula de uma família de 11 irmãos. “A gente sabia que ele se envolvia com drogas e com amizades estranhas. Passava muito tempo sem ir em casa. Mas a gente nunca imagina que uma coisa dessas vai acontecer”, disse Josenildo, enquanto esperava pela liberação do corpo do irmão, na última segunda-feira, no Instituto de Medicina Legal (IML), bairro de Santo Amaro.
Com informações do Portal NE10
Retomar o caminho da redução de homicídios é evitar dores como a do agricultor Josenildo Lima de Assis, cujo irmão de apenas 15 anos, entrou para as estatísticas de mortes violentas no Estado em 2015. Colhido pelo turbilhão em que se misturam vulnerabilidade social e uso de drogas, o jovem foi assassinado em Belo Jardim, no Agreste, na noite do último domingo, 27 de dezembro. Não se sabe a autoria do crime. Ele era o caçula de uma família de 11 irmãos. “A gente sabia que ele se envolvia com drogas e com amizades estranhas. Passava muito tempo sem ir em casa. Mas a gente nunca imagina que uma coisa dessas vai acontecer”, disse Josenildo, enquanto esperava pela liberação do corpo do irmão, na última segunda-feira, no Instituto de Medicina Legal (IML), bairro de Santo Amaro.
Com informações do Portal NE10
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