terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Diogo Moraes solicita à Unale criação de Frente Parlamentar Nacional em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções


Membro da Executiva e tesoureiro geral da União Nacional de Legisladores e Legislativos (Unale), o deputado estadual Diogo Moraes (PSB) se reuniu, nesta segunda-feira (20), com a atual presidente da entidade, Ivana Bastos (BA), e o futuro dirigente, deputado Lídio Lopes (MS), para solicitar a criação de uma Frente Parlamentar Nacional em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções. O objetivo do colegiado é fortalecer a defesa em prol desses setores, que poderão ser atingidos com o acordo comercial que está sendo desenhado entre Brasil e países asiáticos.

“Dando continuidade às articulações para proteger o nosso Polo de Confecções do Agreste do acordo comercial que está se desenhando com países asiáticos, hoje solicitei à Unale a criação de uma Frente Parlamentar Nacional. Na semana passada, também pela Unale, nos reunimos com o Secretário do Comércio Exterior, Lucas Ferraz, para discutir esse assunto e na última quinta-feira, participamos de audiência pública na Assembleia Legislativa, onde falamos sobre a criação da Frente. Como membro da diretoria da Unale, não poderia deixar de levar esse debate adiante, que foi compreendido pela atual presidente Ivana e também pelo deputado Lídio Lopes”, afirmou Diogo Moraes.

Para o parlamentar, a entrada da Unale nas discussões irá fortalecer o debate acerca dos impactos desse acordo comercial, que poderá afetar grandemente o setor têxtil com a redução da taxação de produtos importados da Coreia do Sul, Vietnã e Indonésia. “Unindo deputados e representantes de vários estados, poderemos mostrar ao Governo Federal a importância de criar mecanismos de proteção a esses setores, pois não é apenas Pernambuco que sentirá esses reflexos”, complementou. De acordo com Diogo, já na primeira reunião da entidade, em fevereiro, haverá participação dos membros da Frente Parlamentar.

DADOS - Dados da Secex fazem uma projeção dos impactos em 2040 causados pelos acordos de comércio bilateral com Coréia do Sul, Vietnã e Indonésia, com base nos números atuais. Segundo o levantamento, a expectativa é que daqui a 19 anos a Indonésia tenha um incremento de 1010% nas exportações para o Brasil no setor do vestuário, um aumento de 216% nas exportações do setor têxtil, ao mesmo tempo em que o setor de couro e calçados teria 736% de aumento.

Já o Vietnã vai exportar para o Brasil 702% a mais no setor do vestuário, 250% no setor têxtil e 407% do comércio de couro e calçado. Por fim, a Coreia do Sul vai ter um incremento de 684% na exportação de vestuário, 250% no têxtil e 510% no de couro e calçado. Enquanto isso, o aumento das exportações brasileiras nos mesmos setores seria mais tímido. O estudo prevê, inclusive, que a produção desses setores no Brasil sofreria uma retração de até 8,6%, como seria o exemplo da produção de couro e calçado, além de uma retração de até 1,42% na produção de vestuário e 0,8% no têxtil.

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