domingo, 19 de novembro de 2017

Ida de Michele Collins para o governo do Estado - Movimentos sociais não perdoam e detonam governador Paulo Câmara

Um grupo de organizações e coletivos sociais pernambucanos está encabeçando um abaixo-assinado, onde bate pesado no governador Paulo Câmara, acusando o mesmo de fazer uma ‘escandalosa negociação da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude’, que deverá ir para as mãos do PP, mais precisamente para a vereadora do Recife Michele Collins. 

Confira abaixo trechos da nota: 

Moeda de troca - “Mais uma vez, os direitos da população são utilizados como moeda de troca em acordos políticos que visam, exclusivamente, a manutenção do apoio do PP (Partido Progressista) nas eleições de 2018, numa tentativa de garantir a continuidade de uma gestão que tem falhado sistematicamente com a sociedade pernambucana”, diz a nota que segue, “O modo como tais transações políticas têm sido noticiadas na imprensa durante a última semana, com informações contraditórias e especulações diversas sobre nomes, é consequência da falha da atual gestão em manter uma relação democrática com a sociedade, baseada no diálogo e conduzida com transparência”. 

Jogo político - “Enquanto, nesta sexta-feira (17), Paulo Câmara confirmava à imprensa a existência de negociações com o PP, os conselhos de participação social ligados à Secretaria permaneciam desinformados sobre a questão. O que é exemplar à política da atual gestão do Governo de Pernambuco, acostumada a se isentar da consulta à sociedade na condução de políticas tão importantes à superação das desigualdades sociais como as das áreas da assistência social, do sistema socioeducativo, da criança e juventude, das pessoas com deficiência, das pessoas idosas, da população LGBTI, da população negra e das políticas de drogas – todas subordinadas à SDSCJ”. 

Bronca com o PP - “Agora, a incoerência da administração de Câmara demonstra a intenção de colocar em risco o princípio da laicidade estatal ao entregar a SDSCJ ao PP, cuja condução no estado é reconhecidamente caracterizada pela hegemonia do fundamentalismo religioso. Como se isso não bastasse, tal partido compõe a base aliada de Michel Temer e tem apoiado todo o desmantelamento que o governo ilegítimo vem promovendo contra direitos sociais historicamente conquistados pela população brasileira”. 

Negligência e inconsequência - “Qualquer negociação política que se arrisque a agravar esse quadro é – no mínimo – negligente. A inconsequência de se nomear para a secretaria uma gestão intimamente ligada a instituições religiosas também prejudica, evidentemente, a condução das políticas públicas voltadas à população LGBTI, a povos de matriz africana e à população usuária de drogas”. 

A impopularidade - Nosso compromisso é com o interesse público e a defesa de direitos numa época de retrocessos e ameaças à democracia. Se o governador se encontra preocupado com sua impopularidade e as consequências disso para sua permanência no Palácio das Princesas, cabe a ele protagonizar um processo de integração da efetiva participação popular nos rumos das políticas públicas em direitos. 

A irresponsabilidade - A sociedade não pode ser penalizada pela condução irresponsável de um governo que visa apenas a satisfação das suas necessidades eleitorais – e que são consequência das próprias falhas cometidas pela gestão de Paulo Câmara. 

Quem assinou? - Assinam a nota, entidades como, Centro de Cultura Luiz Freire, Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares, Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Movimento Nacional de Direitos Humanos de Pernambuco, Fórum Popular de Segurança Pública de Pernambuco, Casa Menina Mulher, dentre outras.

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