terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Mais uma crônica de Zé Minhoca - Insensatez tem limites?

Há exatamente um ano, as redes sociais foram, para alegria de muitos, invadidas com fotos e textos, postados por uma pessoa anônima, que numa atitude prática e exemplar, acabara de plantar, às margens da Rodovia PE 160 na divisa dos Estados PE/PB duas mudas (sementes) da árvore "Melanoxylon brauna, Schinopis brasilienses", a nossa popularmente tão conhecida e querida Baraúna, ou Braúna. 

"Pé-de-pau," muito comum na nossa caatinga e que tem a sua madeira duríssima e longeva, é muito utilizada para fazer dormentes, mourões e porteiras nos currais nordestinos e chega a medir, até 12 metros de altura.

Vale destacar, que no mesmo local (entre os municípios de Jataúba/PE e o Congo/PB), desde tempos imemoriais, existia imponente Baraúna, que a seca inclemente, de anos a fio, matou.

E, como faço habitualmente, ao transitar por ali, seguindo o apelo do cidadão exemplar, que plantou as mudas, fui neste final de ano irrigar as jovens árvores que com o correr do tempo, passariam a fazer parte da árida paisagem da região, mas, para minha surpresa e estupefação, a estupidez, mais uma vez, ficou evidente, pois, mãos (des)humanas, carregadas de insensatez arrancaram do solo, as duas arvorezinhas, deixando em mim, e talvez em muitos, tristeza e desalento.

Neste Ano Novo, Saúde, Paz e Luz, para todos, inclusive, para você insensato senhor!

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