
Existe uma grande expectativa em torno da motociata que está programada para acontecer no próximo sábado (04), saindo de Santa Cruz do Capibaribe com destino a Caruaru. O movimento, que é encabeçado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), teve início ainda em maio, com o intuito de provar que sua popularidade permanece em alta, rebatendo as pesquisas que frequentemente mostram o contrário.
Desde ontem (31), um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou na Capital do Agreste trazendo membros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que vieram ao município para inspecionar o trajeto e elaborar o grande esquema que deve ser montado para proteger o presidente na passagem pelo interior. Mas, tudo isso tem um custo.
Em São Paulo, por exemplo, as motociatas geraram um gasto estimado em mais de R$ 1,2 milhão com o reforço policial. Valor pago pelo Governo do Estado. Já o Governo Federal desembolsou R$ 476 mil no cartão corporativo, em apenas um dos eventos que aconteceu na capital paulista. Os dados foram divulgados pela Secretaria-Geral da Presidência, que se negou a revelar os nomes das pessoas que participaram da viagem. Tudo isso acontece em meio ao aumento exorbitante do valor da gasolina, gás de cozinha, energia elétrica e alimentação.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, solicitou à Procuradoria-Geral da República, ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União, que as motociatas sejam investigadas. Apesar dos questionamentos, esses atos são uma estratégia de pré-campanha e intimidação, para mostrar que o presidente possui grande parte dos seus apoiadores ainda fiéis ao seu projeto. Cerca de dez já foram realizados.
Esta será a primeira visita de Jair Bolsonaro ao Agreste pernambucano, desde as eleições de 2018, quando o episódio da facada acabou atrapalhando os planos de realizar uma carreata do então candidato à Presidência da República na região. Bolsonaristas de diversos municípios e estados próximos aguardam com excitação a vinda do chefe do Executivo, mas resta saber se a passagem terá algum anúncio ou se será só mais um ato eleitoral antecipado.
Com informações do Blog Cenário
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