segunda-feira, 15 de março de 2021

'Não estou doente, o presidente não pediu meu cargo, mas o entregarei assim que pedir', diz Pazuello


O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou, neste domingo (14), que não está com problemas de saúde e que, por ora, continua chefiando a pasta.

"Não estou doente, o presidente não pediu o meu cargo, mas o entregarei assim que o presidente pedir. Sigo como ministro da saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas", afirmou, em declaração distribuída por assessores do ministro.

Segundo o jornal O Globo, o ministro Pazuello pediu para sair alegando problemas de saúde. A Folha confirmou que Pazuello disse a Bolsonaro ter problemas cardíacos e que não se recuperou 100% das sequelas da Covid-19, doença que contraiu em outubro.

Pressionado pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro busca um substituto para o lugar do general Eduardo Pazuello. Caso a troca se confirme, o país terá seu quarto ministro em pouco mais de 12 meses de pandemia.

Conforme informou a coluna de Monica Bergamo, a cardiologista Ludhmila Hajjar, do Incor e da rede de hospitais Vila Nova Star, esteve em Brasília neste domingo para conversar com o presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de assumir a pasta. Ele tem apoio de líderes do chamado "centrão".

O chamado "centrão" redobrou a pressão sobre Bolsonaro pela saída do general e quer indicar alguém ao cargo. O governo entendeu o recado e, na noite de sábado (13), o presidente e ministros militares foram ao encontro de Pazuello para discutir a situação.

A cobrança se dá no momento em que a escalada da pandemia assume velocidade inédita no país. No sábado (13), o Brasil registrou o 15º dia seguido de recorde da média de mortes em sete dias, 1.824 e o 52º consecutivo com o patamar de mortes acima de mil por dia.

Na quarta (10), o consórcio de veículos de imprensa formado por Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 aferiu, com as secretarias estaduais de saúde, o recorde de registros de óbito em 24h de toda a pandemia: 2.349, número que extrapola em mortes todas as tragédias brasileiras.

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