terça-feira, 30 de março de 2021

O palanque de Bolsonaro em Pernambuco em 2022


O Blog Fala PE trouxe em sua coluna diária nesta segunda-feira aquilo que pode ser o esboço do projeto Bolsonarista para Pernambuco em 2022. A aliança, já no primeiro turno, uniria a Família Bezerra Coelho, tendo Miguel (atual prefeito de Petrolina) como candidato ao governo do Estado, e o ministro do Turismo Gilson Machado na disputa por uma vaga ao Senado Federal, além de outros nomes que, além de fazerem oposição ao governo Paulo Câmara, nutrem o sonho de terem algum espaço no governo federal.

O otimismo é tão grande que uma vaga para o atual deputado federal Fernando Filho em um hipotético segundo governo de Jair Bolsonaro já teria sido posta à mesa de negociações. “Se confirmada a candidatura a governador do prefeito Miguel Coelho, de Petrolina, seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, dificilmente tentará a reeleição para o Senado em 2022, abrindo espaço na chapa para outro nome da oposição. Com isso, a conversa no sertão é que FBC sairia para deputado federal na vaga de Fernando Filho, que não disputaria nada. Em troca, o nome de Fernando Filho ganharia força para ocupar um ministério em um eventual segundo governo Bolsonaro”, diz o texto do Fala PE.

O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira também poderia compor o projeto Bolsonariano. Admirador do presidente, ele é bem avaliado e muito bem articulado, visto inclusive, como um possível candidato ao governo do Estado. Anderson daria a uma chapa composta por Miguel e Gilson um fator que ambos não carregam consigo: o peso da representatividade da região metropolitana.

A costura é delicada, já que mexe com os interesses de várias figuras graúdas da cena política estadual, além do que, não teria, em tese, o apoio do PSDB, hoje representado pelo ex-deputado Bruno Araújo e do ex-senador Armando Monteiro Neto, críticos públicos do presidente Bolsonaro. Diante desse quadro, a possível dobradinha Miguel Coelho e Raquel Lyra (prefeita de Caruaru) também vai para o espaço, uma vez que a mesma está no PSDB de Bruno e Armando.

Figuras importantes do interior deverão se adequar a essa nova realidade, já que a eleição de 2022 deverá seguir o embalo da polarização que atualmente predomina no cenário nacional: de um lado a Direita, do outro a Esquerda. Mudanças de partidos e também de discursos deverão acontecer com o passar do tempo, uma vez que todos terão suas falas e posturas cobradas de perto, por população e imprensa.

A concretização de tal costura política seria excelente para o presidente Bolsonaro, uma vez que, em 2018 ele não teve o apoio público de nenhuma grande figura da cena política no nosso Estado. A pergunta que fica, no entanto, é: Quem mais embarcará, em Pernambuco, em um projeto que terá como principais missões, ser oposição e bater em Luiz Inácio Lula da Silva, quem também deverá concorrer a presidência da república?

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