É péssimo o
clima entre a direção estadual do PMDB pernambucano e a direção nacional da
legenda. Tudo por conta da punição dada pelos dirigentes nacionais ao deputado
federal Jarbas Vasconcelos, que contrariou a orientação da liderança
peemedebista na Câmara, pelo voto contra o pedido de investigação do presidente
Michel Temer feito pelo Supremo Tribunal Federal. Jarbas e mais quatro
parlamentares do PMDB foi suspenso das atividades partidárias por um prazo
de 60 dias por desobediência partidária.
Nesta sexta o presidente
estadual do PMDB, Raul Henry, emitiu uma nota onde bateu pesado na direção
nacional do partido pela punição a Jarbas. “O deputado Jarbas Vasconcelos é uma
reserva moral do PMDB e da vida pública do Brasil. Foi fundador do partido e
sempre honrou suas melhores tradições. Ao votar pela autorização da
investigação proposta pela Procuradoria Geral da República, o fez sem expressar
qualquer pré-julgamento. Votou em sintonia com a sua consciência, com a sua
história e com o sentimento da maioria da sociedade brasileira”, disse ele na
nota.
Jarbas também
esbravejou e detonou os dirigentes do partido. “No meu entendimento essa
punição oficializada hoje pelo partido é algo esdrúxulo e completamente sem
sentido. Só reforça minha avaliação de como é fraca e despreparada a
direção nacional do PMDB hoje. Fui um dos fundadores do MDB, que posteriormente
deu origem ao PMDB, e ao longo de toda a minha trajetória dentro do partido
nunca vi algo parecido. O respeito às ideias e posicionamentos é algo
fundamental, e o caminho pelo qual está seguindo hoje o PMDB nacional ignora
completamente essa condição, que é primordial para todos que exercem a política
e principalmente para quem está a frente de qualquer partido numa democracia”.
O clima é ruim
e com isso crescem os rumores de uma inédita intervenção do PMDB nacional no
diretório de Pernambuco, que poderá ir parar nas mãos do senador Fernando
Bezerra Coelho, que tem se mostrado leal ao presidente Michel Temer em todas as
votações, além de manter seu filho, Fernando Filho, a frente do Ministério das
Minas e Energia da gestão do peemedebista.
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