segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Energia solar começa a ser taxada a partir de 2023


Uma das alternativas para a redução do custo da conta de luz é a energia solar, que em muitos casos, poderia chegar a até 90% de desconto do valor. O investimento na implementação dessa fonte alternativa se paga em um prazo que pode variar de dois a cinco anos. Com esse benefício financeiro, muita gente adotou os painéis solares para economizar. Mas o que pouca gente sabe é que a ‘taxação do sol’, apelido dado para a cobrança dos custos de distribuição de energia por quem utiliza sistemas de geração que estão ligados à rede de distribuição da concessionária local de energia, está mais perto do que parece. A partir desse ano, entra em vigor o Novo Marco Legal da Geração Distribuída, a Lei Federal 14.300 sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o professor das Escolas de Engenharia e Tecnologia do Centro Universitário dos Guararapes (UniFG), Sidney Cunha, a lei institui a cobrança dos custos de distribuição para quem gera a própria energia e hoje não paga essa parte da tarifa quando utiliza a eletricidade da rede, mas compensa esse uso com seus créditos de geração.

“Na prática, o custo de instalação será o mesmo, porém, as usinas deverão pagar para utilizar o sistema de transmissão das concessionárias. A curva de retorno do investimento aplicado à construção de usinas produtoras de energia terá um tempo maior. Se antes o retorno acontecia em até cinco anos, com a nova legislação, acontecerá em até 10 anos. Quem utilizava a energia solar em casa, terá que firmar contrato com uma concessionária e isso resultará em custos pelo uso da rede de distribuição. Embora a energia solar ainda resulte em uma grande economia na conta de luz, com a taxação do sol essa redução pode ficar menor”.

Apesar da taxação, ainda de acordo com Sidney, é vantagem investir em energia solar por causa dos painéis de célula fotovoltaica que produzem energia de forma limpa, sem consumir ou contaminar o meio ambiente. Assim, é uma fonte de produção de energia ecologicamente correta. “A cobrança não inviabiliza o projeto, só aumenta o tempo de retorno do investimento realizado”, finaliza.

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