terça-feira, 6 de julho de 2021

Do Blog do Edmar Lyra - Falta material humano na oposição para 2022


As mudanças que aconteceram em Pernambuco foram precedidas de movimentações políticas de aliados que estavam na base governista e que optaram pelos projetos da oposição. As mudanças mais abruptas foram as de Jarbas Vasconcelos em 1998, quando derrotou Miguel Arraes que tentava a reeleição, e de Eduardo Campos, que derrotou o então governador Mendonça Filho, que havia assumido com a renúncia de Jarbas e tentava a reeleição.

O desgaste de Arraes afugentou aliados, e naquele momento havia o contraponto do governo federal, que por conta da boa avaliação de Fernando Henrique Cardoso, ajudou a alavancar o projeto de Jarbas. Já na sucessão de Jarbas, a perda de aliados como Armando Monteiro, José Múcio, Severino Cavalcanti e Inocêncio Oliveira foi determinante para que a União por Pernambuco entrasse fragilizada naquela empreitada.

Fazendo um paralelo das duas mudanças políticas mais recentes no estado com 2022, o cenário acaba benéfico para a Frente Popular e deixa a oposição numa situação mais difícil, pois não há indícios de ruptura de nenhum quadro governista, não há um contraponto forte do governo federal em Pernambuco e o tamanho da oposição é muito pequeno em termos de prefeitos e deputados.

A oposição não dá indícios de atrair quadros governistas, e sinaliza dificuldade de apresentar uma chapa majoritária competitiva, uma vez que o cenário mais forte seria o lançamento de seus três principais prefeitos, Anderson Ferreira, Miguel Coelho e Raquel Lyra para governador, vice e senador, porém o indicativo de André Ferreira de que a oposição terá apenas um prefeito na disputa do próximo ano evidencia que os próprios gestores têm dúvidas quanto a competitividade da oposição, o que obrigará o grupo a desfalcar suas chapas proporcionais certamente com nomes que já teriam dificuldades de reeleição para seus respectivos cargos.

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