quarta-feira, 12 de abril de 2023

“Não é possível que se deixe proliferar o pensamento de violência para combater a violência", diz Gilson Julião


Uma fala indignada, emocionada, de alguém que acredita que o caminho para a educação de qualidade se faz baseado no diálogo, no apoio psicológico a educadores e alunos, um caminho que passe pela construção da confiança e que evidencie o amor, e não a violência, que tanto assusta e fragiliza instituições. Assim podemos descrever a fala do vereador Gilson Julião na tribuna da Câmara de Santa Cruz do Capibaribe nesta terça-feira a tarde.

Gilson rebateu a fala do vereador Zezin Buxin, que afirmou que “na sua época, a vara que funcionava para educar menores era a vara de marmeleiro”. Zezin mal comparou a Vara da Infância e Juventude, segmento da Justiça que tem competência para julgamento de todos os adolescentes que praticam atos infracionais e também para controlar as medidas impostas à crianças infratoras executadas pelos Conselhos Tutelares à vara de marmeleiro, parte do galho do marmeleiro de consistência flexível e resistente, que fora bastante utilizada no passado para punir escravos ou crianças indisciplinadas, tanto pelos pais quanto pelos professores. Para muitos, a vara de marmeleiro foi vista como um instrumento de tortura. 

“Não é possível que se deixe proliferar o pensamento de violência para combater a violência. Essa não é a solução. Nunca foi! A situação de violência que está assombrando estudantes e pais de todo o país precisa ser debatida com seriedade e respeito. É preciso que haja suporte psicológico aos estudantes nas escolas, segurança preventiva e cidadã”, disse Gilson em sua fala, lembrando ainda que justamente na sessão desta terça um dos temas em debate pelos vereadores envolveu o Conselho Tutelar da cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário