sexta-feira, 14 de abril de 2023

Confira a edição da coluna 'Politicando' desta sexta-feira


No ar mais uma coluna ‘Politicando’, com os principais fatos da sempre animada (ou quase sempre) cena política de Santa Cruz do Capibaribe.

O moído da semana - Chegou ao final mais um capitulo em torno da votação do projeto que autoriza o financiamento do Hospital Fernando Aragão. É que o Tribunal de Justiça de Pernambuco acatou liminar da bancada governista, que entendia que não apenas o projeto, mas que suas emendas também deveriam ser aprovadas por maioria de dois terços dos votos.

O começo de tudo - A polêmica originou-se a partir da apresentação de uma emenda da vereadora Jessyca Cavalcanti ao projeto. Nela, o prazo para quitação da dívida da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe junto a Caixa Econômica Federal cairia de 120 meses para apenas 36 meses. A emenda não teria dois terços dos votos para ser aprovada, o que acabou gerando um tremendo bate-boca e o sequente travamento trâmite do projeto, que desde então encontra-se parado.

A fala de Augusto - O vereador Augusto Maia falou para a coluna ‘Politicando’ sobre a decisão judicial. “A decisão reafirma tudo aquilo que vínhamos falando ao longo das últimas semanas, que a emenda da vereadora Jessyca, que alterava e inviabilizava o projeto, deveria ter sido reprovada, por não ter os dois terços necessários. Isso mostra a forma como a nossa bancada tem tratado temas como esse, com seriedade e responsabilidade”.

E agora? - “A partir de agora, esperamos que o projeto seja novamente colocado em pauta elo presidente da Câmara, para que assim os vereadores possam votar se aprovam o mesmo ou não, tendo em vista que nada mais impede a sua tramitação”, disse Augusto, que emendou, “Continuo empenhado para que esse projeto passe e para que assim, Santa Cruz possa realizar esse verdadeiro sonho, que é ter um novo hospital”.

Lembrando que... – Parecer do setor jurídico da Câmara de Santa Cruz já havia apontado que a matéria necessitaria sim dos votos de dois terços dos presentes para a sua aprovação, no entanto, o presidente Zéba decidiu simplesmente ignorar o seu próprio jurídico, algo que repercute muito mal nos bastidores, já que integrantes da oposição não se conformam com a parecer divulgado.

A vara da polêmica - Outro tema que rendeu nesta semana na Câmara foi a fala do vereador Zezin Buxin, que afirmou, com todas as letras, que “na sua época, a vara que funcionava para educar menores era a vara de marmeleiro”. Na tribuna da Câmara Zezin chegou a dizer que não defende que pais batam em filhos, mas, em vários momentos de sua fala falou que não é contrário a ‘palmadas que eduquem’.

O que disse Gilson - Na tribuna, Gilson não perdoou Zezin: “Vereador Zezin, agora é um momento de nós combatermos a violência e fazer uma reflexão, e que ao invés de tentar trazer uma cultura de violência que possamos trazer uma cultura de diálogo, de carinho e atenção, se funcionava ou não é outra situação, e mais ainda Zezin, coincidentemente, você vir com esse discurso justamente no dia em que foi apresentado aqui o Projeto de Lei sobre a criação de um segundo Conselho Tutelar na cidade. E eu como defensor dos direitos da criança e adolescente não poderia ficar sem repudiar essas falas”.

O espelho - A fala de Zezin nada é mais é que o reflexo de um momento de intolerância que o país atravessa. Pais, crianças e educadores vivem dias de medo nas escolas, sejam elas, públicas ou privadas, e esse, definitivamente, não é o momento ideal para que nenhum ente da sociedade, em especial, os detentores de mandatos, defendam a repreensão ou educação baseada em castigos físicos ou psicológicos. Foi sim, uma tremenda bola fora do vereador Zezin Buxin.

Mais três aprovadas - Ainda na Câmara de Vereadores, o ex-prefeito Edson Vieira pôde comemorar a aprovação de mais três contas referentes a sua passagem pelo comando do executivo local. Foram votadas a aprovadas as contas dos anos de 2015, 2016 e 2020. As mesmas foram enviadas pelo Tribunal de Contas do Estado com recomendação de aprovação, com ressalvas. 14 vereadores votaram favoráveis, Carlinhos da COHAB e Irmão Soares se abstiveram e a vereadora Nega da ONG faltou a reunião.

Barulho na Torre - Continua a repercutir as falas do vice-prefeito de Toritama Romerinho Leal, que acusa o prefeito Edilson Tavares de ter facilitado a entrada de populares em seu gabinete para, segundo ele, os mesmos promoverem provocações e campanha política extemporânea. Romerinho trata a questão como uma ‘invasão de domicílio’ e assédio moral e já acionou a Polícia Civil para a lavratura de um boletim de ocorrência.

Barulho na Torre II - E a questão foi parar em Brasília. O deputado federal Mendonça Filho externou indignação no uso da tribuna da Câmara dos Deputados. “Me solidarizo ao vice-prefeito de Toritama, que tem sido vítima, por incrível que pareça, de assédio por parte da gestão atual, sendo impedido, inclusive , de vir oficialmente a Brasília acompanhar a Marcha dos Prefeitos. Manifesto minha total solidariedade pelos constantes assédios que ele tem sofrido na Prefeito de Toritama e tenho certeza que verdade irá sempre prevalecer”.

E para finalizar, perguntar não ofende: O presidente da Câmara de Santa Cruz do Capibaribe, Zéba, irá consultar o seu jurídico para decidir se apelará ou não da decisão judicial que define que emendas como a proposta por Jessyca no projeto do Hospital só poderão ser aprovadas com maioria de dois terços?

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