sexta-feira, 12 de maio de 2023

Diminuir tempo de exposição a telas durante o dia pode proporcionar saúde mental


Muitas vezes, as pessoas param diante das telas dos celulares para acompanhar as redes sociais preferidas, acompanhar a vida dos digitais influencers, fazer busca por produtos, compras, resenhas de livros e filmes. A hora do almoço e minutos antes de dormir, geralmente, são utilizados para acompanhar esses perfis. Mas o estudo publicado no Journal of Technology in Behavair Science, realizado no Reino Unido, no país de Gales, comprovou que diminuir apenas 15 minutos por dia de exposição às telas pode contribuir para o equilíbrio com a manutenção da saúde física e mental.

Segundo o psicólogo e professor do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Aluísio Soares, diminuir o tempo de exposição às telas pode trazer benefícios como melhora e bom funcionamento do sistema imunológico, qualidade de vida no que diz respeito à ergonomia e no processo de atenção, foco, concentração e sono regulado. “Lembrando que passar muito tempo com o celular na mão só se torna perigoso quando existe o excesso. Ele pode estar relacionado aos conteúdos e horários de acesso, além da redução das atividades habituais como substituição nesse processo. Inclusive, a falta de cuidado com o tempo gasto pode inclinar-se para uma dependência tecnológica”, comenta.

O estudo examinou os efeitos que esse hábito tem na saúde física e psicológica de quem conseguiu diminuir o uso de mídia social em apenas 15 minutos por dia. A comparação foi realizada com outros grupos que continuaram a sua rotina normalmente na rede. Surpreendentemente, a função imunológica de quem abriu mão desses minutos em telas melhorou, incluindo melhora no quadro de resfriados, menos gripes, melhora no sono, em torno de 50% e ainda 30% menos de sintomas depressivos.

“É preciso lembrar que quando cuidamos do nosso bem-estar com uma rotina mais saudável de alimentação, exercícios físicos, ser mais regrado com as comparações nas redes sociais, podemos estar cuidando da nossa saúde também. Inclusive, as redes sociais podem promover adoecimento por causa de uma cultura de superexposição da vida e a manutenção de um status de aceitação, onde as pessoas tendem a querer sempre estar em um processo de bem-estar social e mostrar isso para a sociedade todos os dias. Além disso, abre procedente para crises ansiosas ao comparar a própria vida com o recorte que o outro postou da dele. Nem tudo que é exposto condiz com a realidade e pode não ser a verdade absoluta. Quando entendemos isso, passamos a ser usuários mais conscientes”, finaliza.

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