sexta-feira, 22 de maio de 2020

OPERAÇÃO TIMER – Polícia prende em SCC homem que diz ter sido contratado para matar ex-governador da Paraíba e governador de São Paulo

Um homem suspeito de extorquir e ameaçar de morte o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, foi preso em Pernambuco. A prisão, divulgada nesta sexta-feira (22), ocorreu no dia 16 de maio deste ano, mas foi mantida em sigilo para não prejudicar as investigações.

O homem foi preso durante a Operação “Timer’, deflagrada pela Polícia Civil da Paraíba (PCPB), em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O caso começou a ser apurado no dia 11 de maio deste ano, quando o delegado geral da Polícia Civil da Paraíba, Isaías Gualberto, tomou conhecimento que Ricardo Coutinho estava sendo extorquido e ameaçado de morte.

Segundo as investigações, o político recebeu por meio de uma rede social ameaças dizendo que uma organização criminosa, com atuação nacional, havia sido contratada por R$ 2 milhões para matá-lo.

O suposto homicídio ocorreria no dia 16 de maio deste ano, mas a ordem seria cancelada se a vítima pagasse R$ 3 milhões ao comando da organização.

Em seguida, o suspeito revelava dados pessoais da vítima, para demonstrar que conhecia a rotina do ex-governador.

O autor das ameaças chegou ao extremo de enviar a imagem de um temporizador, indicando que o tempo para o pagamento exigido estava acabando .

O Grupo de Operações Especiais da PCPB (GOE) foi acionado para investigar o caso. Com apoio da Unidade de Inteligência da PCPB e Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a equipe conseguiu identificar e localizar o suspeito na cidade de Santa Cruz de Capibaribe (PE).

Após ter a prisão decretada pela Justiça, o homem foi conduzido para o Presídio de Santa Cruz de Capibaribe pelo GOE, com o apoio de equipes da 17ª Delegacia Seccional de Polícia Civil de Pernambuco.

No celular do suspeito de 22 anos, a Polícia ainda encontrou indícios de ameaças praticadas contra o atual governador de São Paulo, João Dória, e contra o ex-candidato a Presidência da República, João Amoêdo.

Ameaças a João Dória - Endereçada à primeira-dama do Estado, a mensagem dizia que o suspeito executaria o governador no dia 16 de maio pelo pagamento de R$ 3 milhões e que, para o cancelamento da ação criminosa, o casal Doria deveria pagar R$ 5 milhões. Ainda segundo o texto, integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, teriam aprovado o assassinato.

Após o recebimento da mensagem ameaçadora, a equipe de advogados de João Doria enviou uma notícia-crime com pedido de investigação urgente da denúncia ao delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Rui Ferraz Fontes, pelo crime de extorsão, previsto no artigo 158 do Código Penal.

Indiciamento - As investigações apontaram que o celular do suspeito foi utilizado na prática da ameaça feita ao governador paulista. A policia também descobriu informações relativas ao dono da conta bancária utilizada para o depósito do valor que seria arrecadado com extorsão.

A namorada do homem preso mora ao lado da residência onde foi conectada a página do Instagram para a prática das extorsões. Para os policiais, os suspeitos estavam “furtando” o sinal de internet do vizinho.

Com informações do R7 e do Blog do Anderson Soares

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