sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Confira a edição desta sexta-feira da Coluna Politicando


No ar mais uma coluna ‘Politicando’, com os principais fatos da sempre animada (ou quase sempre) cena política de Santa Cruz do Capibaribe.

O resultado das urnas - Aconteceu no último domingo a eleição para novos conselheiros tutelares de todo o país. Em Santa Cruz do Capibaribe o pleito aconteceu de forma tranquila, apesar de toda a turbulência que cercou o pleito nos dias que antecederam a eleição. Lela, Maria Vitória, Cida de Deomedes, Ana Letícia, o Presbítero Thiago, Igor, Rodrigo Marques, Laércio Glicério, Professora Avanísia e Letícia Cavalcanti foram eleitos e assim, exercerão a função de conselheiros pelos próximos quatro anos.

Parabenizou - Em seu discurso na tribuna da Câmara de Vereadores, Gilson Julião falou da eleição para o Conselho, parabenizou todos os eleitos e frisou a importância da função que os mesmos exercerão a partir de janeiro de 2024. Ele também elogiou o trabalho do COMDECA. “Mesmo com todas as dificuldades e desafios, houve a eleição, foi garantido a população o direito de votar em uma eleição tão importante”.

Elogios - Gilson citou um a um dos eleitos, os elogiou, mas ponderou que ‘queiram ou não, nesta eleição existe sim, o ingrediente político/partidário’. Ele elogiou a Professora Avanisia, Laércio Glicério e o Presbítero Thiago, que, segundo ele, conseguiram ser eleitos, mesmo não tendo vínculos com nenhum grupo político da cidade.

Quem avisa... - “Se não levar a politicagem para o Conselho Tutelar, será uma boa conselheira”, disse Gilson na tribuna, que seguiu, com uma crítica mais ácida ao grupo Boca-Preta: “Essa eleição deixou um recado importante dentro do quesito político... Não serei tão radical quanto foi a vereadora Nega, que em janeiro de 2020 disse que o ‘Azul’ acabou, nem como foi o vereador Junior Gomes, mas gostaria de dizer que o grupo Azul transformou-se no grupo Cavalcanti/Vieira”.

Amigo é - “Gostaria de dizer aos vereadores da bancada Azul que botem as barbas de molho, porque essa eleição reflete muito do que deve acontecer na próxima eleição”, assim findou sua fala o vereador Gilson Julião.

Direto da Terra do Café - E o ex-vereador norte-taquaritinguense Batata esteve nesta terça-feira no Programa Rádio Debate, da Rádio Polo. Ele falou sobre sua volta ao grupo Calabar e como anda a pré-campanha a prefeito do empresário Allison Dias, o Allisinho, que tem o apoio do prefeito Lero.

Tranquilo demais - Batata disse estar tranquilo com os rumos da pré-campanha de Alissinho, falou que em breve a chapa oficial do grupo, que disputará a Prefeitura será anunciada e que seu nome está a disposição para uma possível composição. Informações de bastidores dão conta que Batata será o vice de Allisinho.

Os tais projetos pessoais - O empresário reforçou sua confiança na transparência, que segundo ele, predomina no grupo Calabar e ressaltou a liderança do prefeito Lero. Mais adiante ele afirmou que aquelas que romperam com o grupo (Zeca Coelho, Evilásio Araújo e o vice-prefeito Gena Lins) colocaram ‘projetos pessoais’ em primeiro plano.

Conversou sim - Batata disse que, ao contrário do que reclamam ex-aliados, o prefeito Lero conversou sim com todos eles, mas, mesmo depois dos encontros, os mesmos optaram por projetos ‘meramente pessoais’.

Pediu perdão - Um ponto bastante delicado na sua volta ao grupo Calabar são falas de Batata que ocorreram em meio a eleição municipal de 2020, quando ele chegou a dizer que o grupo Calabar agia como uma ‘quadrilha’. No Rádio Debate ele não titubeou, e disse que se arrepende sim do que falou em 2020. Ele pediu desculpas ao eleitorado Calabar e se mostrou disposto a argumentar com cada eleitor/liderança que tenha se sentido ofendido em 2020.

O ‘inimigo’ é Jânio - Ainda sobre a disputa eleitoral do próximo ano, Batata disse que o ‘verdadeiro adversário’ do grupo Calabar é o ex-prefeito Jânio Arruda e o seu grupo, o Gravatinha. Ele falou também que o atua vice-prefeito Gena Lins é Calabar, e sim Gravatinha.

Dida [NO AR] - Já nesta quarta-feira que esteve no Rádio Debate foi o ex-vice-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Dida de Nan. Dida anunciou na última semana sua adesão ao grupo liderado pelos empresários Alan Carneiro e Alan César, rompendo, desta forma, um vínculo político de décadas com o grupo Boca-Preta, liderado atualmente pelo deputado estadual Edson Vieira.

Chegou de mansinho - “Cheguei no Grupo Verde para somar, passei por uma situação que não dava mais certo no Grupo Azul e o melhor caminho para mim era realmente o Grupo Verde”, disse ele, que disse não ter ainda papel definido quanto a eleição do próximo ano, mas que nenhuma possível candidatura pode ser descartada neste momento.

Sem culpa - Dida disse estar mais ‘leve’ depois de ter tomado sua posição de apoio aos Verdes. “Não traí ninguém, não enganei ninguém”, falou ele, se referindo aos ex-aliados, que aparentemente não enxergam a situação sob a mesma ótica de Dida.

Apenas um papo - O ex-vice-prefeito relevou também que teve um encontro com o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Fábio Aragão. “Não vejo problema algum em sentar e conversar com ninguém... Estive sim com o prefeito, conversamos, ele fez o convite para eu participar do seu grupo político... Falei, expliquei tudo, agradeci a ele pela atenção que ele me deu e assim encerramos nossa conversa”.

Mágoas expostas, de novo - Dida voltou a tocar em um assunto que foi muito debatido pós pleito municipal de 2020: suas mágoas em relação a aliados de Edson e Alessandra Vieira. “Sofri muito depois da eleição. Fui tratado como um candidato fraco, despreparado e que não tinha nem mesmo dinheiro. São coisas que machucam”.

Comparou - “Fiquei calado, mas as urnas falaram. Em 2020 tive 15 mil votos, dois anos depois, na eleição estadual, Edson teve oito mil. Sei que são eleições diferentes, mas de toda forma, creio que isso tem que ser visto”, falou Dida, fazendo um comparativo direto, do seu desempenho nas urnas na eleição de 20 e Edson, na disputa eleitoral do ano passado.

Queria, mas não foi - “Ele queria estar no meu lugar”. Dida cutucou Edson, dizendo que o deputado criticou sua adesão ao grupo dos ‘Alans’, mas articulou por semanas uma possível junção dos grupos, Boca-Preta e Verde. “Ele queria ir pro Verde, fez de tudo, só que não aceitaram a forma que ele queria”.

Em um mesmo barco - “Ele queria de toda forma se juntar com o Verde, mas eu não posso?”, seguiu Dida, que seguiu, agora em tom sarcástico: “Zombaram que eu, Zilda e Zé Minhoca seriam a ‘renovação’ do grupo Verde, daí no outro dia, eu abro a internet e vejo Edson abraçado com Salete Jordão e Ernando Silvestre...”.

A pedra - Para fechar, Dida rebateu uma fala de Edson no programa do ex-vereador Ernesto Maia, que vai ao ar pela Rádio Vale FM. “Eu soube que ele disse que eu hoje estou ao lado dos que tanto me criticaram... Agora veja só, ele disse isso justamente no programa de Ernesto”.

A vidraça - Dida fez referência ao turbulento histórico de denúncias e atritos de Ernesto e o grupo de Edson Vieira. Hoje aliado do deputado, Ernesto foi responsável por dezenas de acusações e denúncias ao longo de quase oito anos dos governos de Edson, como prefeito de Santa Cruz. Muitas dessas denúncias acarretaram ações judiciais, que até hoje eclodem na forma de absolvições, condenações e multas.

E para finalizar, perguntar não ofende: O vereadores de Santa Cruz do Capibaribe entenderam o recado dado pelo povo na eleição do último domingo?

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