terça-feira, 14 de novembro de 2023

Governo exalta operação de repatriação em resposta à ofensiva bolsonarista


O Ministério da Secretária Comunicação Social (Secom) enxergou no plano de repatriação de brasileiros uma forma de melhorar a imagem do governo, diante de uma ofensiva de bolsonaristas nas redes sociais que tentava vincular o PT ao Hamas, no começo do conflito entre Israel e o grupo de terrorista Hamas.

A exaltação do programa “Voltando em Paz” esteve presente em publicações nas redes sociais, nas falas de ministros e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde a chegada do primeiro avião vindo de Israel no dia 11 de outubro com 1.477 passageiros.

A Força Aérea Brasileira (FAB) passou a divulgar fotos e vídeos de boa qualidade com todos os detalhes de embarque, desembarque e viagem dos brasileiros que estavam na zona de conflito.

De acordo com integrantes da Secom, apesar da intenção de propagar os detalhes da missão, não houve uma mobilização especial para a preparação do material. A produção de vídeos seria praxe da própria FAB.

A operação de divulgação também serviu para justificar os posicionamentos do Brasil durante o conflito. Integrantes do governo alegavam, por exemplo, que não podiam destinar uma classificação ao Hamas diferente da adotada pela ONU porque havia necessidade de um diálogo, mesmo que informal, com o grupo para garantir a saída dos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza.

Foi nesse contexto que Lula decidiu ir, na noite desta segunda-feira, à Base Aérea de Brasília para recepcionar o grupo de 32 pessoas, provavelmente as últimas a deixarem o local do conflito.

No dia 24 de outubro, em sua live semana, Lula já havia exaltado a operação e resumido a imagem que o governo tenta passar: — O que fizemos, de buscar a nossa gente lá, é para dizer o seguinte: "Ninguém larga a mão de ninguém nesse país". Qualquer brasileiro que estiver dentro da área de guerra, que precisar voltar, nós não mediremos esforços, iremos buscar. Eu não quero saber de que partido as pessoas são. Não quero saber de que religião são. Eu não quero saber para que time torcem, eu não quero saber em quem votaram. Eu quero saber que são brasileiros e brasileiras.

Com informações da Folha de Pernambuco

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